sábado, dezembro 27, 2014

Boa Noite, Boa Sorte

A história dos EUA sempre é vista por diversos ângulos. No caso, o Macartismo foi um dos momentos mais obscuros da luta contra o "comunismo" pós segunda guerra.

Durante alguns anos do final dos anos 40 até meados do meio dos 50, foi uma caça as bruxas, com diversas acusações sem provas claras, acusados perdendo emprego, veículos de comunicação acuados, e muitos jornalistas e artistas na fúria contra o senador Joseph McCarty, o pivô de toda a bagunça. 

Até 1950 ele era um senador obscuro e sem aparecer muito na mídia, mas a partir das diversas acusações a diversos escalões do governo, iniciou-se uma intensa patrulha contra o comunismo, com violação do direitos civis , e até de diversos membros do serviço público, como militares, cientistas, etc... o que levou muitos a prisão e até mesmo ao suicidio.... qualquer um que estivesse no caminho ou na mira de McCarty.

No filme "Boa Noite, Boa Sorte" dirigido por George Clooney de 2005, ele esmiúça principalmente a atuação do jornalista e ancora de um programa de televisão na CBS, Edward Murrow, que bate de frente com a atuação de McCarty.

Através de um grande confronto público, leva o senador a ter um direito de resposta no canal, que ao invés de explicar suas ações, apenas manda diversas acusações a Murrow, que usa toda sua audiência (e em contrapartida uma discussão em relação ao poder da recém criada televisão nos EUA), mostrando claramente as mentidas de McCarty, que o leva a ser desacreditado tanto pela opinião pública como pela mídia, levando o Senado dos EUA a abrir uma investigação sobre seus atos e métodos. 

Filme em preto e branco com muitos diálogos e atuações excelentes, talvez para um público menos acostumado a Blockbuster, pois com certeza os longos diálogos de Murrow ,  levarão ao cansaço. 

Mas um ótimo filme, que em sua época levou alguns prêmios, mesmo tendo sido feito para tv.

O discurso de Edward Murrow sobre a televisão, na década de 50 não deixa de ser profético, visto o show de horrores que é hoje tanto a tv aberta com a paga.

Trailer



segunda-feira, dezembro 08, 2014

Noé

Durante a segunda metade da década de 50, início da década de 60 , proliferaram filmes "biblicos" nos EUA, pra quem gosta de cinema, com certeza já viu Os 10 Mandamentos, Ben Hur, Barrabas, etc...

Mas era um tema esquecido pelo cinema nos últimos anos, até que resolveram fazer um filme sobre uma das figuras mais emblemáticas da "história" biblica. 

Dificil fazer um filme onde o roteiro já está praticamente escrito... basta ler o Velho Testamento e 90% do filme já vai estar por la. 

Na tentativa de fazer cinemão (ou Blockbuster como preferir) acho que esticaram demais a história, e Noé se torna mais cansativo do que épico. 

No filme, Noé é Russel Crowe (de Gladiador) ... (spoiler...) que quando criança vê seu pai ser morto pelos descendentes de Cain, mas é uma cena curta. 

Ai já passamos para um corte de muitos anos, Noé já adulto, pai de três filhos e a procura de um lugar ao sol pra sua familia, se vê incumbido após visitar seu avô (Matusalém, no filme interpretado por Antony Hopkins) que lhe ajuda a "ver" o caminho a seguir.

A partir do início da construção da arca, ele é ajudado por uns seres de pedra (explicados no decorrer do filme), e ao mesmo tempo se vê em apuros pois o "rei" local quer que seus "suditos" (tratados como capachos, com filhos mortos, mulheres estupradas e quem não lutar fica com fome) tentar tomar a arca a força de Noé. A partir dai vem o Diluvio e o resto da história praticamente todos já sabem.

A tantas referencias a religiões diversas (não só cristianismo) que fica meio difícil saber qual a linha de pensamento do diretor/roteirista do filme, e o uso do livro de Enoque (apócrifo) fica claro no decorrer do filme. Um filme cheio de lições de moral ( o próprio rei fala que Noé salva animais e deixa humanos se afogar como se todos fossem culpados) e de história de amor de seus filhos. Claro que a figura do bem contra o mal é o mais presente no longa.

Além de longo, acho que apesar de bom ator, Russel perdeu a mão neste filme, a evolução da loucura de Noé não é tão clara nas caras e bocas que ele apresenta, quase deixando a figura de Tubal-Cain(Ray Winstone que vive o rei) tomar o protagonismo em algumas cenas. O trailer mostra um lado de fé e divino , que o filme não explora completamente.

Um filme interessante, cansativo e mutias vezes chato, coisas da tentativa de criar um mega Blockbuster e ter um resultado mediano. Um filme a ver com os olhos do seguimento religioso de cada um, visto que levou pedrada de todo lado, seja de Muçulmanos, Cristãos ou Judeus. 

Trailer




terça-feira, novembro 25, 2014

Rio / Niterói



No meio de outubro , houve o aniversário de 70 anos da Sociedade Fluminense de Fotografia, exatamente dia 18, onde fizeram uma bela exposição em sua grande sede social em Niterói - RJ.

Aproveitando a deixa, e minha vontade de viajar, já que não ia ao Rio de Janeiro a quase 10 anos (última vez e na correria foi em 2005), vi uma brecha nas datas do trabalho, e lá fomos nós, eu e a Talitha (que nunca tinha ido ao Rio) pegar boas 5 e poucas horas de Dutra até o Rio. 

Tudo correu bem, até chegarmos perto do Rio de Janeiro... indo em uma sexta feira , não sabia que a segunda seguinte seria feriado por la... e depois de chegar ao Rio, levamos mais 4 horas até conseguirmos chegar na pousada em Niterói. Contratempo tirado de letra.

Como chegamos a noite não deu pra ver a beleza da pousada (só tinha visto pelo Booking.com) mas no dia seguinte deu pra ver o belo local (apesar de looonge do centro) em que estávamos... 

Fiz um vídeo pra mostrar a beleza da pousada , veja abaixo.



Bom... o Rio continua lindo... o Cristo continua cheio... e a cidade é bela e quente... Niterói que não ia a muito tempo mudou bastante, mas de certa maneira a pousada um pouco distante foi bom pra conhecer outros locais , além do Museu Arte Contemporânea, e outras coisas próximas ao centro... principalmente a praia de Itacoatiara em Niterói. 

Uma foto de Itacoatiara



Claro que como todo bom turista, fomos a Copacabana, fotografamos a ponte Rio Niterói, o Cristo, etc... três dias bem corridos mas que valeram a pena. 

Uma noite em Santa Teresa tentou me tirar do sério.. mas nada que um bom comentário no booking.com pra resolver o problema de pousada mal administrada... 

E claro fotografamos... minhas fotos podem ser vistas no meu Flickr sobre a viagem, link abaixo.

https://www.flickr.com/photos/59487922@N00/sets/72157648874345627/


quarta-feira, novembro 19, 2014

Teorema Zero

Filmes de ficção costumam ser previsíveis em vários momentos... seja através dos efeitos, da história fácil de saber o final, ou de personagens muito estereotipados. 

Terry Gilliam é um diretor famoso em Hollywood por fazer filmes inteligentes e muitas vezes difíceis, como Doze Macacos.

Mas aqui o foco é outro. Apesar de surreal, o filme trata o futuro como um misto religioso/tecnológico conectado, onde todos (mesmo em uma festa) estão com tablets na mão e fone de ouvidos. Já no início voce é bombardeado por telões vendendo religiões, inclusive uma sobre o Batman.

No filme (spoiler...)  Christoph Waltz (de Django livre) dá vida a Qohen Leth, um operário/programador da Mancom, empresa que diz "dar sentido as coisas boas da vida", que a única coisa que quer da vida é poder trabalhar em casa e não ter de interagir com as outras pessoas, de certa maneira um estereótipo da vida moderna e dos programadores de computador dentro de seu casulo.

Ele vive o tempo todo a espera do "chamado" telefônico, onde lhe dirão qual o sentido da vida. E como esse chamado será em sua casa, tem de estar lá sempre... a casa é uma antiga construção religiosa caindo aos pedaços.

O "gerente" da Mancon sabendo da sua vontade de ficar em casa, lhe incumbe de descubrir o tal "teorema zero" programando infinitamente e subindo os arquivos a cada 60 minutos, o que aos poucos vai lhe deixando totalmente paranoico quando aos horários.. ao ponto de martelar a sua tela em um momento de fúria.

A partir dai, o filho do dono lhe é enviado para ajudar na programação (e conserto do que foi quebrado) e  também a "ajuda" vem através da personagem  Bainsley, misto de fruto proibido (diz não gostar de sexo, apesar de ser sexy ao extremo) e maniac sex girl (pois aparece em sites exibindo-se) para dar o contra ponto romântico ao personagem. 

Um mundo não tão distante de hoje (basta pegar um Metro e ver todos no celular com fones de ouvido, sem interagirem uns com os outros) em que a comunicação eletrônica tomou conta da interação pessoal, tudo muito lúdico, onde inclusive Qohen diz não se lembrar mais quando se sentiu feliz. Um mundo de controlado por cameras GoPro, inclusive com uma bela sacada do diretor, ao monitorar Qohen, a empresa coloca uma GoPro no lugar da cabeça de um Cristo crucificado, mais referencia ao Cristianismo impossível. As religiões se confundem com as Mega Corporações.

O idéal de felicidade com a "salvação" é que movem Qohen, em um filme cheio de simbologias, inclusive quanto ele trata a si mesmo como Nós (dizendo ao fundo que ele representa a todos nós) , e para quem gosta de surrealismos, cores berrantes e personagens bizarros(como eu gosto) , estará em casa com certeza. 

Impossível não ligar o filme a referencias como Blade Runner, 1984 entre outros, é inevitável. 

O final é meio confuso, mas deixa claro o Teorema zero e sua didática. Cheio de cenas belas, mesmo virtuais, em que a imaginação vai longe. Um filme de ficção um pouco diferente dos atuais, mas super atual.

Trailer.




segunda-feira, novembro 17, 2014

Não me abandone jamais

Algumas vezes estar acordado de madrugada (sabendo que vai perder horas de sono do dia seguinte) acaba valendo a pena. 

Ontem no misto de insonia com preguiça, fiquei horas vendo filmes em dvd, torrent, etc... mas somente no começo da madrugada já com vontade de dormir, vi um comercial na Globo de "Não me deixe Jamais".

O filme no começo te da uma impressão de "Sociedade dos Poetas Mortos" visto que se passa em uma escola tradicional inglesa, cheia de regras rígidas, professoras que parecem mais generais e por ai vai. 

Ledo engano. Com o tempo você começa a perceber que o desenrolar do filme vai ser um misto de tristeza com uma ótima história sobe a permanência da vida, ou melhor, sua brevidade. Vendo depois na internet, vi que o filme é baseado no livro de Kazuo Ishiguro, "Never let me go".

No filme (apesar de ser de 2010 se você não assistiu como eu, é spoiler...) estamos no início da década de 50, e finalmente conseguiram desenvolver a cura para todas as doenças. Informações que já aparecem logo no letreiro de entrada. Com essa premissa se tem a impressão de que veremos um belíssimo filme. Sim será belíssimo, mas por outros motivos. 

O filme basicamente é sobre três crianças/adolescentes/adultos que vivem um triangulo amoroso. Porém a narrativa mostra que os caminhos que terão de seguir, serão mais trágicos do que de um romance convencional. 

No internato, na verdade eles vão descobrindo que são "clones" de outras pessoas, criadas e educadas apenas para doar seus órgãos quando chegam a fase adulta da vida. E não tem nada o que podem fazer para sair desse fim trágico. 

Um filme de ficção cientifica, mas sem todos os aparatos Hollywoodianos que estamos acostumados, um filme típico Europeu, com narrativa lenta, explicações para todas as ações e um amor que muitas vezes não é, ou pode, ser correspondido. 

Na trama, após descobrirmos que as crianças estão la para este fim, há um corte para o futuro com eles já adolescentes, tendo de sair do internato e viver o que lhes resta na vida em uma vila com diversos outros adolescentes na mesma situação. Mas desde a infância, a história de três personagens se cruzam, Kathy, Tommy e Ruth , que sempre pensam naquilo que acontecerá com todos nós, o fim, entretanto o deles bem antes do que se espera da vida.

No filme existem algumas passagens (que muito me interessaram) sobre a importância da arte, colocada como uma maneira de "sentirmos" se existe a alma ou não nas pessoas, muitas vezes desestimulados a tentar.

A sensação de perda pelos personagens é inevitável. A única esperança é a possibilidade do amor verdadeiro salvá-los por um tempo, uma história que ouviram quando adolescentes e que Ruth já muito debilitada pelas doações, tenta em um ato de reconciliação (ela ficara com Tommy apenas para não se sentir só) em uma tentativa de ajudar Tommy e Kathy a ter uma pequena sobrevida. 

A angustia dos personagens é visível a cabo que e tempo vai passando e suas perspectivas de vida vão diminuindo. 

Um filme ultra sensível, sobre o amor, permanência e a finitude da vida, mesmo para aqueles que ainda são muito jovens para pensar nisso. Muitos vão achar lento e chato... mas garanto que apesar de triste, um dos mais belos filmes que assisti. 

Como diz Kathy já no fim " Talvez nenhum de nós tenha entendido o que vivemos, ou sentido que tinha tempo o suficiente".



sexta-feira, novembro 07, 2014

Salão do Automóvel



A cada 2 anos a cidade de São Paulo abriga o maior evento automobilístico da América Latina, o Salão do Automóvel.

Desde 2010 tenho ido e fotografado sempre as novidades, e apesar das marcas superesportivas não darem o ar da graça desde 2012 (leia-se Lamborghini e Ferrari) o Salão sempre tem vários protótipos, carros que estão sendo lançados e as grandes marcas do mercado. 

Aproveitando a vista em 04/11 fiz uma série de fotos que podem ser vistas no link abaixo.

https://www.flickr.com/photos/59487922@N00/sets/72157648761656517/ 

segunda-feira, outubro 27, 2014

Desde o primeiro Missão Impossível em 1996, Tom Cruise tem se especializado (ainda que tardiamente) em filmes de ação, e nos últimos anos, ação com ficção cientifica. 

Quem acompanha meus posts sabe que nunca fui muito fã de suas interpretações, principalmente nos Blockbusters dos anos 80 ...

Mas com o tempo ele foi melhorando... a partir de "A Firma" da primeira metade dos anos 90, ele começou a se esforçar mais na interpretação, não fazendo tantas caras e bocas.

Mas depois de Magnólia ele tem surpreendido... 

Em "No Limite do Amanha" (spoiler...) ele interpreta do Major Bill Cage, chamando para filmar a guerra na linha de frente a pedido do General que comanda as tropas unidas contra um cerco alienígena ao planeta, que faz todos estarem em guerra a anos. 

Entretanto o Major deixa claro que nunca esteve em batalha, que na verdade nem soldado é, e sim um publicitário alçado a Major durante a guerra pra trabalhar na assessoria de imprensa do Exercito... como a "ordem" do General não pode ser contestada, ele tenta persuadi-lo (na verdade chantageá-lo) dizendo que poderia fazer um papel contrário, ao invés de mostrar o heroísmo dos soldados, mostrar as desgraças e ferrar de vez com o General que manda soldados a morte no front de batalha. 

A partir dai a vida do Major se torna um inferno... preso e rebaixado (afinal tentou chantagear um General) a soldado raso, se ve em uma base pronta pra entrar em combate com os alienígenas, mesmo sem ter nenhum treinamento militar e ainda sofrendo o preconceito dos soldados e sargentos, por não ter experiencia de batalha. 

Mesmo sem nenhuma experiencia, é colocado em um exo-esqueleto de batalha, onde nem consegue direito destravar as armas... e no meio do combate acaba atingindo um alienígena que deixa escorrer em seu corpo um liquido que faz com que ele ao morrer, reinicie o dia. 

A partir dessa premissa, cada dia se torna um novo dia para aprender novas formas de derrotar o inimigo... neste meio termo, ele conhece a sargento Rita, chamada pelos soldados de Full Metal Bitch, por ter matado diversos alienígenas em combate...e também descobre que ela por um tempo teve este mesmo poder de reiniciar o dia, e que poderia ajudar a ganhar a guerra matando exatamente o Omega, alienígena escondido na Terra, que tem o poder de reiniciar e prever o futuro das tropas, dai as derrotas seguidas. 

A história vai ficando mais complexa, pois  com o dia reiniciando sempre, Bill Cage vai ao mesmo tempo diminuindo sua humanidade, se preocupando mais com sua missão do que salvar outros soldados que vê morrer todo dia, e ao mesmo tempo que vai se apaixonando por Rita, pois pra ele o convívio com ela se torna diário, apesar dela morrer e vê-lo como "novo" cada dia. 

Impossível não traça comparações com diversos outros filmes e com fatos históricos revividos no filme ... os aliens tem um parentesco grande com as sentinelas de Matrix, a invasão do exercito no último front de batalha é na Normandia (só ver sobre o dia D da segunda Guerra Mundial) , o desembarque ser muito parecido com o do "Resgate do Soldado Ryan", Distrito 9 (espectador como personagem) e até o reiniciar do dia muito parecido com o bom "Contra o Tempo" .

A linha de tiro com referencias a Tropas Estelares e soldados mortos com vídeo game (muito comum nos últimos filmes de guerra) tem como claro a linha do filme, de mostrar os horrores da Guerra e sua solução crítica nos dias atuais, onde soldados mais parecem personagens de game.

Um filme inteligente, as referencias algumas vezes não são tão claras, mas mesmo sendo um Blockbuster (acho que um pouco atrapalhado pela Copa pois saiu no Brasil no final de maio) tem o seu valor, e Cruise mostra novamente que está na crista da onda como ator de filmes de ficção/ação.

A ver. Trailer.



terça-feira, outubro 21, 2014

Trash - A esperança que vem do lixo

Antes de assistir a Trash, fui ao cinema com aquela sensação de que veria mais um Pixote - A Lei do mais fraco, graças ao trailer que dá uma enfase enorme a algumas cenas do filme , onde os menores interagem entre si, cenas essas muito parecidas com Pixote (de Hector Babenco em 1980).

Mas não é por ai... o filme é sobre esperança. 

Gardo, Rato e Rafael, tres 'muleques' que vivem do lixão no Rio de Janeiro que a tv não mostra, acham por acaso uma carteira, e la dentro uns 300 reais e uma chave... 

Em cenas de flashback, mostram a importância desta carteira, que pode mostrar toda a sujeira de um deputado, que quer esconder a todo custo suas falcatruas. 

O filme que no começo da a impressão de ser estrangeiro ( e na verdade toda a produção é), mas ficou muito com cara de filme brasileiro, graça ao talento dos atores mirins, a participação de Wagner Moura entre outros diversos atores brasileiros, entre eles Selton Melo que a muito não mostrava a cara na tela como ator (Diretor de diversos filmes nos últimos anos).

Um filme com um pouco de aventura, mas a corrupção policial, politicos enfadonhos, um Rio paupérrimo, faz com que em certos momentos o filme fique com cara das diversas produções atuais (como Alemão) mas no fundo a (pouca) esperança que eles conseguem ter, é o que carrega o filme, que por horas é pesado e em alguns momentos até engraçado. 

Um adendo a participação de dois gigantes de Hollywood... Martin Sheen como padre que ajuda os garotos e a militante estrangeira que ajuda o padre vivida pela ótima Rooney Mara ( que ja atuou com louvor em grandes filmes como Millenium (The Girl with the Dragon Tattooe ótimo Terapia de Risco que já escrevi aqui sobre no começo do ano).

O melhor do filme é ver eles tentarem traduzir as gírias brasileiras pra estrangeiro ver... mas não se engane, não é um filme leve... tortura aos montes aparecem por la e principalmente a violência policial capitaneada pelo poder politico.

No final se torna um filme panfletário contra os mandos e desmandos da politica e policiais... tentando instigar o povo a ir a luta... mas com pouco efeito pratico, e ao mesmo tempo desvirtuando da ideia original .

Mas um filme bem acima da média dos outros nessa linha lançados no decorrer do ano. A ver.

Trailer




quinta-feira, outubro 09, 2014

Sin City - A Dama Fatal

Filmes baseados em quadrinhos estão com tudo no momento, basta ver Homem de Ferro, Vingadores, Quarteto Fantástico, etc... mas com Sin City é um pouco diferente.

A demora entre o primeiro (de 2005) e este, fez dar  uma esfriada nos fãs mais ardorosos. Entre os diversos percalços da versão 2014, no final conseguiram um resultado muito parecido ao do primeiro.

Tudo está no seu lugar, apesar de não se apegar a nenhuma cronologia, pois o Marv (personagem do Mickey Rourke) aparece como se nada tivesse acontecido, entre outros "pequenos deslizes" mas como já disse em um post anterior, se você se propôs a ir ao cinema para ver um filme baseado em histórias em quadrinho da Marvel, tem de estar aberto a qualquer surpresa. 

A Sin City que nunca dorme está la, com suas mulheres fatais, alguns personagens novos, cenas de luta dignas de Frank Miller, e principalmente o universo da cidade perdida ficou intacto. 

Entretanto, a trama segue por outro caminho, as histórias continuam interligadas, mas aqui a trama anda mais para o lado do Dwight (aqui personificado por Josh Brolin e não por Clyve Owen como no primeiro) que faz um investigador/detetive que não consegue esquecer a linda e fatal ex-mulher, muito sensualmente interpretada por Eva Green. 

A partir dai a trama e novos personagem pipocam na tela, enquanto se entrelaçam com personagens do Sin City original, como a ótima Nancy (Jessica Alba muito bem no personagem) e seu protetor no primeiro aqui como espirito (um Bruce Willis habitual ), e dando mais enfase ao Senador  Roark, em busca de vingança pela morte de seu filho (no primeiro filme). 

A luta entre Marv e Mamute é ótima. 

Sem grandes novidades, conseguiram fazer um filme competente, por muitas vezes inteligente e com tiradas de humor de primeira, mas sem fugir muito do caminho traçado pelo original.

Eu assisti em 3D e sai com a sensação de que só gastei dinheiro, pois mesmo com as cores saltando na tela, não senti muita diferença. 

O fundo noir é repetida aqui, com personagens menos bizarros e mais engraçados. 

Um filme bom, que empolga em alguns momentos, mas que vai agradar muito os fãs da Marvel. 





terça-feira, setembro 30, 2014

Nos últimos anos, diversos grandes atores tem errado na escolha de filmes, mesmo tendo uma carreira sólida, as vezes deslizam em "blockbusters" sem conteúdo e com muitos efeitos. 

Denzel Washington até pouco tempo atrás, passava batido em filmes de final fácil, mas desde Deja vu, parece que engatou uma terceira em filmes de gosto duvidoso. 

Até então (Deja vu) sempre achei que sua simples presença salvava o filme do desastre ( que o diga John Q), mas já no começo do ano vi  Dose Dupla (com Mark Wahlberg) que era pra lá de sofrível. 

Em o Protetor (spoiler...) ele reencontra o diretor que fez com que ele ganhasse um Oscar (por Dia de Treinamento) , Antoine Fuqua, e em principio se tem a idéia de um grande filme, pois com diversos bons atores, uma história que poderia prender você a poltrona, seria mais um belo caminho ao Oscar para Denzel... mas o resultado é pra lá de duvidoso.

Denzel faz um funcionário de uma loja de departamentos, calmo e solidário com todo mundo, que ajuda a todos sem esperar nada em troca, até que o podre da sociedade o alcança, através das noites mal dormidas em que vai a um pequeno restaurante 24 horas e conversa com uma jovem prostituta. 

A prostituta nitidamente solitária e temendo pela vida, tenta sair do ciclo vicioso que a noite se tornou para ela, e em uma noite um cliente porco a espanca, o que desperta a ira do personagem de Denzel (Robert McCall que no decorrer do filme dá a entender que foi ex-agente da Cia ou alguma agencia do tipo) e ele tenta negociar com os cafetões da prostituta sua "liberdade" dando a eles sua economia de 9,8 mil dolares. 

Entretanto as coisas não terminam como ele imagina, e a partir dali sua vida se torna um inferno, pois os "cafetões" que ele elimina, na verdade são membros de um braço da mafia russa na Costa Oeste dos EUA, o que provoca a fúria do chefão russo, enviando aos EUA um assassino de primeira pra descobrir quem matou seus parceiros e eliminá-lo da maneira mais dolorosa possível. 

O que se vê a partir dai, é um roteiro lento, as vezes engraçado, mas nada justifica um filme cheio de "cliches" como da explosão do barco, onde ele nem olha pra trás, mortes em camera lenta e diversos recursos digitais de primeira, mas que deixa Denzel com mais ar de super herói do que de um justiceiro.

Fica claro que o filme é um prólogo de uma possível série de filmes (caso este faça o sucesso esperado) na linha de Jason Bourne, mas o filme não é de um todo ruim... tem algumas boas passagens, principalmente nas cenas de luta e nas "gracinhas" de Denzel, que parece se divertir com o personagem quase imortal. 

Espero que no caso de uma continuação, utilizem mais os talentos de Denzel como grande ator que é.

Trailer




quinta-feira, setembro 25, 2014

Rio, Eu te amo

O filme faz parte de uma série chamada City of Love, e funciona praticamente como uma degustação das cidades retratadas.

No caso o Rio de Janeiro, pra quem conhece sabe que realmente é muito bonito, independente dos cenários de guerra que vemos pela televisão, a beleza natural é espantosa.

O filme em si é mais que uma declaração de amor pelo Rio, pois mostra suas diversas facetas, desde a pobreza até aqueles que estão aquém da pobreza dos outros. É montado como um festival de pequenos curtas, alguns muito bons e outros razoáveis. 

Ele faz uma mistura interessante de atores/atrizes brasileiros (a maioria falando inglês) com atores internacionais, alguns de muito renome como Harvey Keytel , John Turturo e Vanessa Paradis e alguns menos conhecidos. 

Cada trecho tem seu momento, alguns muito bonitos como os que participam o Rodrigo Santoro como bailarino, uma ótima com Harvey Keitel em uma estação de trem entre outros. Uma participação de Fernanda Montenegro no começo também é fundamental. 

Tem o Rio como nós vemos, o Rio pra gringo ver e o Rio que gostaríamos de ver. Ou seja tem pra todos os gostos. 

Um pouco de propaganda e crítica social, até religiosa no caso da participação de Wagner Moura com o Cristo Redentor.

Muitas coisas gringos não vão entender, mas para quem vive o Brasil do dia a dia um filme muito bem feito.



terça-feira, setembro 23, 2014

Restaurante Week



Pra quem curte comida boa e com preço razoável (pois dependendo do restaurante beira o absurdo) em São Paulo e diversas outras cidades está acontecendo até dia 28/09 o Restaurante Week, que reúne os mais diversos restaurantes, comida variada para todos os gostos. 

Só em São Paulo são aproximadamente 219 restaurantes participantes. Estive no Amazônia na Bela Vista onde colocaram o Tambaqui entre outros no Restaurante Week, lembrando que o Tambaqui é um peixe lá da Amazônia e difícil de achar por aqui. A foto ai em cima (meio desfocada pois foi do celular) mostra os pratos participantes, pois cada restaurante inclui os pratos para almoço e jantar que participam da promoção. 

É correr pois é a última semana. 

http://restaurantweek.com.br/evento/sao-paulo

quarta-feira, setembro 10, 2014

Paixão Segundo Nando Reis

Eram pra ser apenas comerciais da Pfizer... a empresa que faz o Viagra. Entretanto pra vender um produto tão "específico" o comercial tinha de ser ótimo. Mas pouco passou na tv pois a agencia reguladora proibiu os comerciais para este tipo de remédio. 

Mas utilizar uma música do Nando Reis como poesia foi uma das melhores idéias. São três episódios (comerciais) um fantástico chamado Felicidade segundo Mario Quintana que já publiquei várias vezes, um Amor segundo Fernanda Young e este. 

É o tipico relacionamento onde as pessoas já se conhecem, só que por destinos diferentes ficam muito tempo longe , apesar de estarem bem próximos,  "mas tudo o que acontece na vida tem um momento... um destino" como diz a música. Bela frase com um belo comercial. 



Museu da TAM



A muito anos tinha uma enorme vontade de conhecer o Museu da TAM, que apesar da sigla TAM ser Transportes Aéreos Marília, o museu fica em São Carlos , próximo a Araraquara.

Aproveitando a visita ao Salão de Araraquara e de Jau, São Carlos fica mais ou menos no meio do caminho, dai pra ir ao museu ficou fácil.

Pra visitar precisa de tempo, na verdade de horas... são muitos aviões, muitas histórias, alguns que você pode entrar pra fotografar e alguns clássicos como o Constelation , Jahu e F4 Corsair.

Uma visita obrigatória a todos os amantes de aviões. 

Site oficial do Museu http://www.museutam.com.br/

No link abaixo minhas fotos no Flickr .

terça-feira, setembro 09, 2014

Desfile Cívico - 7 de Setembro



Nos últimos anos, temos feito um passeio fotográfico no Desfile Cívico (Civil e Militar) em comemoração a independência do Brasil,  no 7 de Setembro, e  que nos últimos 15 anos tem acontecido no Sambódromo de SP.

As fotos que fiz podem ser vistas no Flick 

https://www.flickr.com/photos/59487922@N00/sets/72157647008425309/

sexta-feira, agosto 22, 2014

Não Pare na Pista

Mesmo não sendo fã, li cinco livros do Paulo Coelho na década de 90. Tanto se falava dele, principalmente no começo ali por volta de 1994/1995 que fui na biblioteca perto da minha casa e li Brida, Diario de um Mago, O Alquimista , As Valquirias e uma tradução que ele fez chamado Dom Supremo. 

Os livros giram em torno de temas parecidos, Caminho de Santiago, ocultismo, bruxaria, etc... mas são livros interessantes e que impressionam na primeira lida. 

Bom mas aqui é sobre o filme que vim falar... Em Não Pare na Pista, a ideia de contar a vida do Paulo Coelho da infância até o sucesso de O Alquimista, foi feita de uma maneira até que competente, mas um pouco cansativa. 

Claro que dá pra traçar um paralelo com os livros depois que ver o filme, as angustias, as internações que o pai lhe impunha para tirar a "rebeldia" do garoto, as viagens nas letras com Raul Seixas, o principalmente o período pre-escritor de sucesso, com as duvidas sobre o sucesso de seus livros. 

O filme é dividido em 4 partes, mas contadas em ritmo de flashback, com inserções de uma época pra explicar outra.

Claro que o sucesso posterior dos livros na década de 90, e a vida atual na Europa também estão lá, tem até um momento "rebelde" já em 2013, mas os principais e mais precisos são os das décadas de 70/80, época de letras exaltando ocultismo, Aleister Crowley, as ordens, etc... tudo lá de certa maneira até bem contada. 

Um filme um pouco lento no início, mas se tratando de uma cine-biografia, cumpriu seu papel e mostrou que o Paulo Coelho é mais do que apenas os livros que os famosos adoram, ele esteve dentro da cultura popular desde a década de 70, e muitos até hoje por ai cantarolam suas musicas em parceria com Raul Seixas. 

A vida de excessos, loucuras com drogas, poligamia.. tudo está lá bem década de 60/70... e depois o período mais calmo 80/90 são bem retratados.

Uma cena a ver, é dele no palco com Raul no momento de Sociedade Alternativa, momento mágico do filme. 

Trailer



quinta-feira, agosto 07, 2014

Enquanto a DC Comics não começa sua ofensiva de filmes baseados em seus quadrinhos de uma maneira mais "pesada" a Marvel já está se dando ao luxo de promover filmes de quadrinhos secundários.

Com personagens bem desconhecidos do público (Groot por exemplo) o jeito aqui foi partir para a diversão descarada, tirando sarro exatamente do fato dos personagens não serem conhecidos do grande público.

Mas se olharmos um pouco pra traz, eles já tiveram abordagem parecida com o Homem de Ferro, que de personagem secundário, graças ao talento de Roberto Downey Jr se tornou um dos mais populares da franquia (quem viu Vingadores já percebeu bem isso).

Mas a ideia agrada. Resultado é um filme cheio de sacadas genias, algumas até maldosas, mas que fazem com que os personagens não levem as situações muito a sério, afinal um musculoso, uma arvore , um guaxinim e um espertalhão , não são basicamente personagens a serem levados a sério. 

Com uma trilha sonora que vai do ótimo ao brega, em cenas hilárias, conseguiram um filme para agradar tanto adultos como crianças.

No filme (é esse spoiler demorou... ) a equipe (se é que dá pra chamar assim...) acaba se juntando de uma maneira meio bizarra, afinal tirando Groot e o Rocket, os outros não passam nem perto de serem amigos de inicio. 

Os motivos para a união vão desde dinheiro a vingança. Como o vilão Ronan quer devastar (por vingança) a terra dos Xandar, casa da Tropa Nova, os guardiões, cada um com seu motivo, resolver ajudar o Universo e deter o vilão. 

No filme Peter Quill, o único personagem humano, é um dos principais motivos da graça, como ele fora abduzido a mais de 20 anos, e levou junto seu Walkman com a fita selecionada por sua mãe (se você tem menos de 30 é bom pesquisar o que é Walkman...kkkk) ele canta, dança e toca diversos hitz dos 70/80 como se tocassem no rádio até hoje (bom em algumas rádios tocam mesmo) com cenas surreais por causa do próprio walkman. 

As piadas diversas dão tiram qualquer necessidade de dramaticidade nas cenas, deixando quase que de lado o principio de romance entre os personagens.

A série de sucessos em sequencia da Marvel parece infinita, e mesmo filmes como esses com personagens obscuros acabam dando certo, o que nos leva a pensar até onde todo esse universo pode crescer.

Trailer



quarta-feira, agosto 06, 2014

Planeta dos Macacos - O Confronto

Continuações de filmes, principalmente de filmes "revistos" como é o caso de Planeta dos Macacos, tendem a ser uma tentativa de criar uma série de filme com qualidade duvidosa. 

Em O Confronto, conseguiram ao menos fazer uma continuidade a altura do primeiro "Planeta dos Macacos - A Origem" de 2011.

O filme (spoiler...) se passa exatamente 10 anos após o primeiro, aqui os macacos que no primeiro filme fugiram para uma selva próxima a São Francisco, estão organizados como uma comunidade, Cesar (protagonista de toda a revolução do primeiro filme) já mais velho e com filhos, é o mentor da comunidade, mas nem tudo são flores no relacionamento entre eles e os humanos. Cesar na verdade "administra" a comunidade com sentimentos diversos sobre os humanos, enquanto alguns dos macacos pensam em vingança.

Do outro lado, os humanos passaram por uma devastação graças ao vírus dos símios, que mataram milhões e destruiriam cidades. Uma comunidade próxima a selva onde estão os macacos, com pessoas sobreviventes , tentam conseguir manter a vida humana, e para isso precisam utilizar a antiga hidroelétrica que fica exatamente próxima a selva onde estão os macacos. 

Obviamente nem tudo serão flores no contato entre as duas comunidades, preconceitos, medos e todos os sentimentos ruins aparecem dos dois lados, fazendo com que a convivência seja no limite .

Claro que sempre haverão "espíritos de porco" dos dois lados... e a faísca será jogada nos dois lados , desencadeando o princípio da gerra entre as espécies. 

Um filme inteligente, com efeitos especiais fantásticos, em vários momentos você simplesmente esquece que os macacos são fruto de um trabalho digital de captura de movimentos de primeira linha, tamanho o realismo nas cenas e nas expressões dos macacos.

O filme também tem cara de que em breve teremos a continuação desta guerra entre humanos e macacos. 

Trailer



segunda-feira, julho 28, 2014

Transformers - A Era da Extinção

Depois de quase três horas no cinema, a primeira coisa que me lembro de Transformers - A Era da Extinção é..... filme muuuuuuiiito longo. 

Acho que o diretor tentou fazer um filme para fãs, porém passou da dose. Apesar de interessante, impossível não estar cansado depois de tanto tempo de filme, principalmente vendo que diversas cenas eram totalmente desnecessárias.

Tudo bem que é cinemão norte americano, daqueles da temporada de férias, as crianças devem ter pirado nas lutas infinitas do Optimus Prime, e acho que muitos nem repararam que trocaram o Shia LaBeouf  pelo Mark Wahlberg. E com certeza os adolescentes (e marmanjos de plantão) se amarraram no shortinho da Nicola Peltz.

No filme (spoiler...) Cade Yeager (Wahlberg) é um cientista, que vive de comprar tranqueiras para consertá-las na esperança de vendê-las e manter a fazenda onde mora com a filha . Em uma de suas compras, acha um antigo caminhão e ao levá-lo para casa, o descobre cheio de projeteis de canhões vazios em seu interior. Ao tentar liga-lo, descobre que tem um transformer em mão, especialmente Optimus Prime.

Para quem assistiu os anteriores vai lembrar das cenas de destruição de Chicago, no filme ignoram totalmente o personagem de Shia, mas não a destruição a cidade.

A partir dessa premissa, o governo dos EUA inicia uma caçada aos amigos de Optimus, jogando neles a culpa da destruição, e então os mocinhos do filme anterior se tornam bandidos neste.

O filme que começa no Texas, desta vez não fica preso apenas nos EUA, levando a luta pela sobrevivência da humanidade para a Asia, especialmente Pequim e Hong Kong. 

Alguns personagens bons, como o de Stanley Tucci tentam dar uma "salvada" no filme, com uma parte tecnologia bem surreal, mas interessante no contexto do filme. Novos patrocinadores entram no filme também, vai descobrir pela variedade de carros em que alguns transformers se transformam, como Lamborghini, Bugati, Agera... além dos clássicos caminhões e até alguns dinossauros...

É diversão, não um filme pra pensar. Afinal você não sai de casa pra ver um filme sobre robos gigantes que se transformam em caminhões procurando a quinta essência da arte.

Mas 165 minutos de filme só de batalhas e ação desmedida, por mais que o diretor Michael  Bay tente, ficou cansativo demais.

Trailer.



quinta-feira, julho 24, 2014

Mundial de Balonismo



Entre os dias 17 e 27 de Julho de 2014, a cidade de Rio Claro a 180 quilômetros da capital, está sediando o Mundial de Balonismo.

São dezenas de equipes de vários países.

Estive por lá nos primeiros dias, exatamente no dia 20.07 durante todo o dia... como os voos são as 8 da manha e as 16 horas... só consegui fotografar os voos do final da tarde.

No link abaixo as fotos que selecionei para o Flickr

https://www.flickr.com/photos/59487922@N00/sets/72157645830746315/

quarta-feira, julho 16, 2014

Guararema

No último dia 09 de julho, fizemos um passeio fotográfico histórico no FCCB. Ao visitar a cidade de Guararema, estivemos na mesma cidade onde foi feito o primeiro passeio fotográfico do clube, em 9 de julho de 1939.

Exatamente 75 anos após esta "excursão", os Bandeirantes visitaram a pequena cidade do interior paulista. 


foto da primeiro passeio em 1939

foto do passeio em 2014 - foto : J.J. Leite


Minhas fotos do passeio podem ser vistas no album do flick, clique no link abaixo.



terça-feira, julho 15, 2014

X-Men - Dias de Um Futuro Esquecido

Bom.. não sou um fã incondicional dos X-Mens pra poder fazer uma crítica , sobre o conjunto de filmes, mas vou tentar sobre o último que  assisti, Dias de Um Futuro Esquecido. 

A franquia começou lá no início dos 2000, de lá pra cá, mudaram uniformes, mataram e ressuscitaram personagens, e tem filmes até pra contar as histórias mais cabeludas do Wolverine, inclusive um ultimo no Japão (Wolverine Imortal clique aqui) que só serve de entrada para este atual. 

Não sei se é impressão minha ou eles se perderam nas histórias pelo caminho. Depois de matarem o Charles Xavier e a Jean Grey, fizeram um filme só pra tentar ressuscitar os X-Mens perdidos pelo caminho? É o que dá a entender em Dias de Um Futuro Esquecido. 

No filme (spolier...) eles estão em um futuro sombrio, onde as Sentinelas(se assistiu a algum desenho dos X-Mens sabe quem são)  estão atacando mutantes e humanos pelo mundo, onde a Guerra já é uma realidade e ninguém consegue se esconder.  

Pra tentar consertar as coisas (e principalmente a logica na cronologia dos filmes...) Xavier e Magneto resolvem mandar Wolverine ao passado, exatamente  até a década de 70, pra consertar um erro que foi de matar um cientista que estava exatamente tentando usar uma combinação de poderes através do DNA, principalmente da Mistica, para a criação dos Sentinelas.

Na verdade, não é mandar o Wolverine de agora... é fazer um elo mental e mandar sua consciência de agora ao Wolverine na década de 70, já que ele não envelhece, automaticamente será o mesmo de sempre.

Só sobrou mesmo a viagem no tempo pra poder consertar a cronologia dos X-Mens. 

Então lá vamos nós para a cultura hippie, calças boca de sino e um Wolverine ainda sem o Adamantium, que tem como missão apertar o Reset e reinicia tudo de novo. 

Mas não vai ser tão fácil assim... fazem uma ligação entre as gerações (ai tem de ter assistido X-Men First Class) onde os dois "Xaviers" tem até um certo elo mental em determinado momento do filme. 

Gostei bastante do filme, antes de achar que estou falando mal disso ou daquilo, só acho que ele está mais pra "conserto" da cronologia do que um filme original. 

Bom claro que uma boa dose de "ficção cientifica absurda" tem de ser levada em consideração aqui, usar um pouco da imaginação ajuda, afinal os eventos são pra lá de absurdos... mas lembrando sempre que se trata de um filme baseado em super heróis dos quadrinhos.

As cenas de ação são boas, claro que sempre tem uma ótima, na sala do Pentágono onde estão prendendo o Magneto jovem... O Mercúrio em uma única cena faz você rir pelo filme todo, mas ai tem de assistir pois se eu contar perde totalmente a graça.

Não saia da sala antes do final dos créditos, pois tem uma boa cena de preludio do próximo, que dá uma certa luz ao caminho que devem seguir. O que não fica claro é, qual geração vai dar continuidade aos X-Mens, a do First Class ou a clássica. Ai só no próximo pra sabermos. 

Trailer









quarta-feira, junho 25, 2014

Transcendence

A duas maneiras de se fazer filmes de ficção cientifica, utilizando efeitos ou idéias.

Nos últimos tempos, tenho visto muitos que se baseiam apenas nos efeitos especiais, graças ao salto de qualidade que os computadores tiveram nos últimos 10 anos. 

Em Transcendence, a ideia de unir filosofia, tecnologia e inteligencia artificial é muito boa, com uma conclusão razoável. 

No filme (spoiler...) Johnny Depp é Will Caster, cientista famoso e cultuado pelos seus, que está prestes  a desenvolver uma IA funcional, entretanto ele e sua equipe se vê em um impasse quanto a "real" consciência da máquina. 

A partir desta premissa, aparecerão radicais contra uso de tecnologia a serviço dos criadores de novos "deuses", e passam a sabotar os experimentos dos laboratórios, e também atingem o Will Caster com uma bala que contem um veneno radioativo que vai lhe matar em poucas semanas. 

Dai a conceitos filosóficos quanto a transferência da consciência humana para uma máquina (que tornaria a vida do humano transferido infinita) é um pulo, ao mesmo tempo que tentam explicar rapidamente conceitos como Nanotecnologia, e previsões de um futuro noturno para a humanidade, apesar de que em diversos momentos o roteiro não deixar muito claro de que lado está. 

Tudo para ser um grande filme de Syfy mas que se perde do meio pra frente, na tentativa incessante de explicar conceitos tecnológicos x filosofia, e claramente conceitos religiosos (fica nítida a semelhança com grupos radicais religiosos as ações dos ativistas). Transcender o poder do cérebro é a ideia principal, ter a possibilidade de acesso a toda a internet, cruzando banco de dados diversos é um sonho. 

Acho que perdeu-se aqui uma grande possibilidade de um filme de ficção cientifica de qualidade e com conceitos científicos x tecnológicos e até filosóficos entendíveis ao grande público, que vai se sentir um pouco perdido no filme, pois pra quem é fora da área tecnológica, Nanotecnologia não é dos assuntos mais populares, transformando o filme mais em um terror tecnológico do que um bom  filme tecnológico inteligente em meio ao circo dos efeitos especiais que está se tornando o cinema. 

Nem a participação de grandes atores salva o final melancólico, a história de amor infinita entre o personagem de Depp e Rebecca Hall se torna mais uma obsessão do que amor.  Um Morgan Freeman secundário dá o tom do filme. 

Um filme mediano, mas se pegarmos a média dos filmes de ficção cientifica que tentam passar alguma mensagem, podemos dizer que está acima de vários. 


Trailer






terça-feira, junho 24, 2014

Copa

Nessa do "vai ter copa" ou "não vai ter copa"... depois de 7 anos construindo Estádios, claro que vai ter Copa. 

Claro que nada foi como esperado... mas acho que muitos não moram no Brasil ao achar que aconteceria o contrário. Vamos ver nas urnas daqui a dois meses... 

Apesar da vontade que todos temos de reclamar de vários problemas no governo (não só da Dilma , só pra lembrar) há uma multidão esperando por esta Copa, pelos seus resultados e por um Brasil Campeão, onde ele ainda é excelência. 

Como Neymar ainda é promessa, vou colocar aqui um vídeo de homenagem da Nike ao Ronaldo Fenômeno, que dentro de campo era simplesmente genial . Um dos últimos a realmente honrar a camisa amarela. 





quinta-feira, junho 05, 2014

Solitary man

Adoro filmes na madrugada, acho que os caras que montam as programações das tvs devem achar que ninguém vai assistir e ai colocam filmes realmente legais em horários alternativos. 

Uma mega falta de sono graças a uma tarde cheia de energéticos, fez com que as 2h30 da manha do domingo  para a segunda, eu estivesse lá vendo tv como se fosse meio dia... 

Entre um zap e outro entre canais, passei pela Globo e estava começando "O Solteirão", filme com Michael Douglas que nunca tinha ouvido falar. 

Acho o Michael Douglas entra em projetos alternativos muito bons, e o filme no fundo parece um pouco com a vida dele mesmo (ou do Charles Sheen ...).

Um filme inteligente, e ao mesmo tempo profundo sobre a vida que escolhemos para nós, as escolhas erradas que acarretam em momentos de pura idiotice. Acho que a tradução para o Solteirão não foi correta (quem faz as traduções de filmes no Brasil parece sempre estar longe da realidade), pois O Solitário, como deveria ser a tradução literal, está corretíssima para  o filme. 

No filme (spoiler...) Ben Kalmen (Michael Douglas) é um milionário, dono de redes de automóveis e tem uma vida ótima, até visitar um médico , que lhe dá uma péssima noticia: problemas no coração.

A partir dai o filme dá um salto de anos, e vemos o personagem em já em um histórico de autodestruição, levado principalmente pela possibilidade de morrer, ele perde as agencias de carros, está falido, separado da mulher e filha, mulherengo incorrigível correndo atrás de meninas muito mais jovens que ele na tentativa desesperada de uma sobrevida, de uma juventude já perdida.

A descida ao fundo do poço fica clara quando ao ser enviado como acompanhante da filha da namorada, (namorada esta que está tentando ajudá-lo a se reerguer, e que ele namora exatamente pelos ótimos contatos que o pai dela tem), acaba se envolvendo com a menina, que tinha acabado de entrar na mesma faculdade que ele frequentou, desencadeando a descida final em sua vida amorosa e finanças, pois os contatos dela se viram contra ele, destruindo ainda mais a possibilidade de voltar ao topo. 

Douglas parece tranquilo no papel, não sei por se parecer um pouco com ele mesmo, ou por desinteresse, mas ao mesmo tempo o seu desdem pela vida faz com que o trama aumente ainda mais a sua angustia. 

Somente um dono de lanchonete perto da faculdade, personagem vivido pelo ótimo Danny DeVito, dá um certo tom cômico ao filme, ao mesmo tempo que se mostra um dos poucos últimos amigos de Ben, seu grande coração na tentativa de ajudar o "amigo" mostra quase que uma certa dó daquele que já esteve no topo( em uma frase ele mostra isso quando fala que guarda a Forbes de Ben como se fosse ele na capa) e agora está pra la do fundo. 

A cena no banco frente da faculdade, onde havia conhecido anos antes a ex mulher (Susan Sarandon sempre ótima) deixa bem claro o estrago que cada um pode fazer em sua própria vida. 

Um filme com uma temática crítica, sobre levar a vida de maneira frenética e desfuncional, mas que ao mesmo tempo se parece muito com os tempos atuais.

Belo filme a ver. 

Trailer





quarta-feira, junho 04, 2014

Capitão América - Soldado Invernal

Demorou mas assisti o novo Capitão América - O Soldado invernal, pois toda semana acontecia alguma coisa e acabava postergando , postergando... ou seja quase perdi no cinema, mas no final graças a ótima bilheteria que ele teve, os cinemas mantiveram o filme em cartaz por semanas.

Bom, primeira coisa se espera ver um filme de "arte" ou que não tenha efeitos especiais , este não é seu filme e pode parar de ler por aqui. 

O filme é a continuação do Capitão América - O Primeiro Vingador de 2011, que na verdade era o filme que faltava para apresentar ao público o primeiro dos "Vingadores", já que a história dele começa lá na segunda Guerra Mundial. 

Mas neste, não havia a necessidade de apresentar os personagens, pois parte da premissa que as pessoas assistiram o primeiro e também viram Os Vingadores. 

E também a parte da propaganda dos EUA aqui se repete em parte... já que o primeiro é claramente (graças ao personagem com uma roupa da bandeira) uma ode aos Estados Unidos. E como ele já está no século XXI (o primeiro é totalmente centrado na segunda Guerra, exceto o finalzinho que muita gente nem viu no cinema pois sai antes de acabar as "legendas" de todos que fizeram o filme, coisa não muito inteligente quando se trata de Marvel, pois sempre tem uma entrada para outro filme) o personagem , digamos se adaptou ao presente.

No filme (spoiler...) depois dos acontecimentos de "Os Vingadores" , o Capitão trabalha para o Exercito dos EUA e a Shield, mas tentando se adaptar ao presente, vendo partes da cultura que não viu enquanto estava congelado, e anota em seu caderninho para ver depois. 

Mas o filme tem (claro) muita ação, uma trama bem elaborada a partir da infiltração na Shield de membros da Hydra, ele se vê praticamente sozinho, tendo como ajuda apenas um ex-soldado o Falcão, a Viuva Negra e um Nick Fury bem baleado. 

Cenas de ação em estado máximo, ótimas e com computação gráfica de primeira. 

A atualização histórica é clara , quando se trata de espionagem dentro do próprio EUA, visto as várias acusações que eles receberam nos últimos anos, de espionar pessoas, países e seus chefes de Estado. A politica contra o terror, desculpas para atualizações militares, ou seja tudo bem atualizado.

Entretanto tem um humor ótimo em diversas cenas, pois é um filme da Marvel, então também tem de atingir todos os públicos, de crianças a adultos. 

Um filme mais para adultos que crianças (como quase tudo da Marvel) mas com diversão garantida. 

Trailer









terça-feira, maio 27, 2014

sexta-feira, maio 23, 2014

Getúlio

Alguns filmes nacionais parecem releituras de séries televisivas, mas com o problema de ter de espremer toda a história em 2 horas. 

Em Getúlio, (nem preciso falar que é spoiler pois é uma história nacional que todo mundo conhece) o filme se concentra mais nas atuações dos personagens principais da história do Brasil na década de 1950, principalmente as pressões das Forças Armadas, os assessores que alternavam puxa-saquismo com imbecilidade, e um presidente envelhecido e cansado de jogos políticos. 

Algumas escolhas do elenco,as vezes ajudam e outras mais atrapalham do que ajudam, atuações apagadas ou engessadas dão o tom do filme. 

Bom, a história é bem conhecida, concentrando principalmente no último mês de vida do Presidente Getúlio Vargas, não chega a ser um filme panfletário, defensor de causas ou coisas do tipo, tenta ao máximo ser isento e contar a história de todos os problemas que o presidente teve a partir da tentativa de assassinato de Carlos Lacerda, a mando de seu segurança pessoal e que teoricamente foi sem o seu consentimento. 

Como os livros de história nos contam, a morte de Getúlio praticamente interrompeu um iminente Golpe miliar em 1954. O filme trata esse ponto com clareza, porém não se esquece de lembrar (pelo próprio Getúlio vivido por Tony Ramos) que ele governou com mão de ferro entre 1930 -1945, para só depois ser visto como presidente do povo na década de 1950 (inclusive lembrando que ele foi criador da carteira de trabalho, leis trabalhistas, código civil,etc... ainda como ditador) , quando foi eleito.

Um filme palaciano, quase todo no Catete, mas que poderia facilmente ser mostrado para a juventude atual, carente de história do Brasil. 







segunda-feira, maio 19, 2014

A Vida Secreta de Walter Mitty

Sabe aqueles filmes que tem a capacidade de te transportar para outro lugar? 

Ou que você vê que a rotina de escritório/casa/escritório é bem chata?

Se gosta  de realidade fantástica, belas paisagens, viagens a lugares que provavelmente não visitaremos em uma vida toda, seu filme é A Vida Secreta de Walter Mitty.

No filme (spoiler) Walter trabalha na Life Magazine, e apesar de estar trabalhando em uma revista que publica histórias , fotos e viagens fantásticas, ele mesmo só viaja através das fotografias que vê no seu dia a dia no laboratório fotográfico da revista. 

Apesar de gostar muito de outra funcionária, Cheryl Melhoff (Kristen Wiig) ele apenas fantasia as situações que gostaria de vivencia, tanto com ela como sozinho pelo mundo.

Ao ser incumbido por Sean O´Connell, fotografo da revista vivido por Sean Penn, a cuidar do negativo da última versão impressa da revista, se vê em apuros, pois não acha o negativo enviado pelo fotógrafo. 

A partir desta premissa, ele vai atrás do fotógrafo (e do negativo) mundo afora, mostrando belas paisagens da Groelandia, Islandia entre outros e até uma erupção do vulcão de nome impronunciável na Islândia (sim copiei esse nome na Wikipedia) Eyjafjallajokull .

Obviamente o filme conta com muitos recursos visuais (belezas naturais) e uma edição pesada de computação gráfica para as cenas de "viagem" do personagem.

Com uma trilha sonora bem moderninha  eclética, que deve agradar tanto os mais velhos como os com 20 e poucos anos, que inclui Space Oddity do David Bowie por exemplo em uma cena ótima. 

Uma frase ótima vivida pelo fotografo encarnado em Sean Penn resume bem o filme "Coisas belas não precisam pedir atenção" é bem o resumo do filme. A idéia de colocar frases em alguns cenários é de gosto duvidoso, mas funciona de uma maneira geral pra mostrar o estado de espírito do personagem naquele momento, mas faz o filme ficar em determinados momentos parecendo uma apresentação de auto ajuda.

No geral um filme que não esperava nada, pois a maioria das criticas sobre ele eram negativas, mas que dependendo do ponto de vista é um ótimo filme.

Trailer estendido com legendas.









sexta-feira, maio 16, 2014

O Mordomo da Casa Branca

De uma certa maneira, posso dizer que gostei muito de O Mordomo da Casa Branca. Como tinha visto apenas o trailer, não tinha grandes expectativas com o filme, que se mostrou simplesmente fabuloso e inteligente.

O filme é uma adaptação livre da história de Eugene Allen, que trabalhou na Casa Branca entre 1952 e 1986, e que de certa maneira acaba sendo um Forrest Gump interno, pois vivencia vários presidentes, mandos e desmandos da residência que dita os rumos do mundo. 

Lendo posteriormente ao filme sobre sua história, algumas coisas foram alteradas pelo diretor para dar um ritimo melhor , como o fato do filho dele não ser dos Panteras Negras e nem ele ter nascido em uma fazenda de algodão no sul dos EUA. 

No filme (spoiler...) Cecil Gaines (vivido pelo ótimo Forrest Whitaker) depois de uma infância difícil no sul , onde ve seu pai ser assassinado, muda-se para o norte dos EUA a procura de uma vida melhor, acaba conseguindo um emprego de Mordomo, onde presencia a história norte americana sendo contada através das passagens de diversos presidentes, desde Eisenhower  até Regan. 

No percurso, seu filho vê o crescimento da luta pelos direitos civis, entra para o Black Panters e parte para a luta contra o governo racista do sul. 

Alguns clichês são bem óbvios, como os presidentes defendendo os direitos civis, a alusão ao negro da casa ( se viu Malcoln X vai entender) .

Há varias participações especiais no filme, como de Mariah Carey, Oprah, Lenny Kravitz. Vanessa Redgrave e Robin Williams por exemplo. E várias passagens históricas também são retratadas, como Martin L. King, KKK, Panteras Negras entre outras fáceis de identificar.

Vi diversas criticas negativas sobre o filme, principalmente pelo fato de ser panfletário, meio obvio em alguns momentos e personagens caricaturados, mas gostei bastante do filme. Uma ótima surpresa não esperada.  

Trailer



quinta-feira, maio 15, 2014

12 Anos de Escravidão

Acho que diferente do ano passado, onde os filmes que concorriam ao Oscar eram muito bons (Lincoln e Os Miseráveis por exemplo), minhas expectativas eram grandes quanto aos escolhidos, mas diferente do ano passado quando já tinha assistido a praticamente todos antes do Oscar, este ano eu assisti apenas Gravidade antes da cerimonia. E apesar do visual fantástico nem achei a história de Gravidade tão boa assim. 

Em 12 anos de escravidão, tanto tinha lido, ouvido, visto trailer,etc... que minhas expectativas eram enormes quanto ao filme, mais tão grandes que acabei meio decepcionado com o resultado final. 

Não que o filme seja ruim, longe disso. 

No filme (spoiler...) um homem negro, livre, musico (violinista) e letrado, é enganado por uma oferta de trabalho, e enviado para o sul racista e escravagista dos EUA como fugitivo de uma fazenda. A partir dai come literalmente o pão que o diabo amassou.

O filme é baseado na história real de Solomon Northup, que foi aprisionado em 1841 (ou seja alguns anos antes de Lincoln acabar com a escravidão) e passa 12 anos horríveis nas fazendas do sul, e tendo de se adaptar a nova realidade que o cerca. 

Mesmo letrado, tem de fingir não saber ler, e somente tocar seu instrumento musical para os donos da fazenda, e trabalhar arduamente nas plantações de algodão. 

Apesar de um elenco bem estelar, o filme se baseia mesmo na história contada por Chiwetel Ejiofor (que faz Solomon) que tem uma boa interpretação, levando o personagem com um certo equilíbrio e sem as lamurias e dramas que se esperaria de uma situação assim. 

O filme ficou bem conhecido nos EUA principalmente por contar um pouco da história de escravidão de lá e pela bela interpretação de Lupita Nyong`o, interpretação esta que lhe valeu o Oscar. 

Um filme pra assistir com o lenço na mão obviamente. Diversas cenas fortes, que lhe tirarão o folego. Mas por incrível que pareça, não há cenas gratuitas de violência, tudo tem seu tempo no filme. 

O diretor acerta nos atores e personagens, mas algumas vezes aparecem cenas de paisagens que só servem pra encher o tempo/espaço.

Um filme a ver com calma. Sobre um período que insiste em continuar presente (basta ver as manifestações racistas dos últimos tempos no Brasil e exterior).

Steve McQueen (sim homônimo do ator famoso nas décadas de 60/70) é um dos poucos novos diretores de Hollywood que faz um ótimo trabalho em seus filmes com sensibilidade e clareza.

Trailer



Top Gun : Maverick

  Se você cresceu entre a década de 1980 e 1990, é impossível que não tenha visto ao menos uma vez aquele filme que traz , além de uma mega ...