sexta-feira, maio 23, 2014

Getúlio

Alguns filmes nacionais parecem releituras de séries televisivas, mas com o problema de ter de espremer toda a história em 2 horas. 

Em Getúlio, (nem preciso falar que é spoiler pois é uma história nacional que todo mundo conhece) o filme se concentra mais nas atuações dos personagens principais da história do Brasil na década de 1950, principalmente as pressões das Forças Armadas, os assessores que alternavam puxa-saquismo com imbecilidade, e um presidente envelhecido e cansado de jogos políticos. 

Algumas escolhas do elenco,as vezes ajudam e outras mais atrapalham do que ajudam, atuações apagadas ou engessadas dão o tom do filme. 

Bom, a história é bem conhecida, concentrando principalmente no último mês de vida do Presidente Getúlio Vargas, não chega a ser um filme panfletário, defensor de causas ou coisas do tipo, tenta ao máximo ser isento e contar a história de todos os problemas que o presidente teve a partir da tentativa de assassinato de Carlos Lacerda, a mando de seu segurança pessoal e que teoricamente foi sem o seu consentimento. 

Como os livros de história nos contam, a morte de Getúlio praticamente interrompeu um iminente Golpe miliar em 1954. O filme trata esse ponto com clareza, porém não se esquece de lembrar (pelo próprio Getúlio vivido por Tony Ramos) que ele governou com mão de ferro entre 1930 -1945, para só depois ser visto como presidente do povo na década de 1950 (inclusive lembrando que ele foi criador da carteira de trabalho, leis trabalhistas, código civil,etc... ainda como ditador) , quando foi eleito.

Um filme palaciano, quase todo no Catete, mas que poderia facilmente ser mostrado para a juventude atual, carente de história do Brasil. 







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