terça-feira, maio 27, 2014

sexta-feira, maio 23, 2014

Getúlio

Alguns filmes nacionais parecem releituras de séries televisivas, mas com o problema de ter de espremer toda a história em 2 horas. 

Em Getúlio, (nem preciso falar que é spoiler pois é uma história nacional que todo mundo conhece) o filme se concentra mais nas atuações dos personagens principais da história do Brasil na década de 1950, principalmente as pressões das Forças Armadas, os assessores que alternavam puxa-saquismo com imbecilidade, e um presidente envelhecido e cansado de jogos políticos. 

Algumas escolhas do elenco,as vezes ajudam e outras mais atrapalham do que ajudam, atuações apagadas ou engessadas dão o tom do filme. 

Bom, a história é bem conhecida, concentrando principalmente no último mês de vida do Presidente Getúlio Vargas, não chega a ser um filme panfletário, defensor de causas ou coisas do tipo, tenta ao máximo ser isento e contar a história de todos os problemas que o presidente teve a partir da tentativa de assassinato de Carlos Lacerda, a mando de seu segurança pessoal e que teoricamente foi sem o seu consentimento. 

Como os livros de história nos contam, a morte de Getúlio praticamente interrompeu um iminente Golpe miliar em 1954. O filme trata esse ponto com clareza, porém não se esquece de lembrar (pelo próprio Getúlio vivido por Tony Ramos) que ele governou com mão de ferro entre 1930 -1945, para só depois ser visto como presidente do povo na década de 1950 (inclusive lembrando que ele foi criador da carteira de trabalho, leis trabalhistas, código civil,etc... ainda como ditador) , quando foi eleito.

Um filme palaciano, quase todo no Catete, mas que poderia facilmente ser mostrado para a juventude atual, carente de história do Brasil. 







segunda-feira, maio 19, 2014

A Vida Secreta de Walter Mitty

Sabe aqueles filmes que tem a capacidade de te transportar para outro lugar? 

Ou que você vê que a rotina de escritório/casa/escritório é bem chata?

Se gosta  de realidade fantástica, belas paisagens, viagens a lugares que provavelmente não visitaremos em uma vida toda, seu filme é A Vida Secreta de Walter Mitty.

No filme (spoiler) Walter trabalha na Life Magazine, e apesar de estar trabalhando em uma revista que publica histórias , fotos e viagens fantásticas, ele mesmo só viaja através das fotografias que vê no seu dia a dia no laboratório fotográfico da revista. 

Apesar de gostar muito de outra funcionária, Cheryl Melhoff (Kristen Wiig) ele apenas fantasia as situações que gostaria de vivencia, tanto com ela como sozinho pelo mundo.

Ao ser incumbido por Sean O´Connell, fotografo da revista vivido por Sean Penn, a cuidar do negativo da última versão impressa da revista, se vê em apuros, pois não acha o negativo enviado pelo fotógrafo. 

A partir desta premissa, ele vai atrás do fotógrafo (e do negativo) mundo afora, mostrando belas paisagens da Groelandia, Islandia entre outros e até uma erupção do vulcão de nome impronunciável na Islândia (sim copiei esse nome na Wikipedia) Eyjafjallajokull .

Obviamente o filme conta com muitos recursos visuais (belezas naturais) e uma edição pesada de computação gráfica para as cenas de "viagem" do personagem.

Com uma trilha sonora bem moderninha  eclética, que deve agradar tanto os mais velhos como os com 20 e poucos anos, que inclui Space Oddity do David Bowie por exemplo em uma cena ótima. 

Uma frase ótima vivida pelo fotografo encarnado em Sean Penn resume bem o filme "Coisas belas não precisam pedir atenção" é bem o resumo do filme. A idéia de colocar frases em alguns cenários é de gosto duvidoso, mas funciona de uma maneira geral pra mostrar o estado de espírito do personagem naquele momento, mas faz o filme ficar em determinados momentos parecendo uma apresentação de auto ajuda.

No geral um filme que não esperava nada, pois a maioria das criticas sobre ele eram negativas, mas que dependendo do ponto de vista é um ótimo filme.

Trailer estendido com legendas.









sexta-feira, maio 16, 2014

O Mordomo da Casa Branca

De uma certa maneira, posso dizer que gostei muito de O Mordomo da Casa Branca. Como tinha visto apenas o trailer, não tinha grandes expectativas com o filme, que se mostrou simplesmente fabuloso e inteligente.

O filme é uma adaptação livre da história de Eugene Allen, que trabalhou na Casa Branca entre 1952 e 1986, e que de certa maneira acaba sendo um Forrest Gump interno, pois vivencia vários presidentes, mandos e desmandos da residência que dita os rumos do mundo. 

Lendo posteriormente ao filme sobre sua história, algumas coisas foram alteradas pelo diretor para dar um ritimo melhor , como o fato do filho dele não ser dos Panteras Negras e nem ele ter nascido em uma fazenda de algodão no sul dos EUA. 

No filme (spoiler...) Cecil Gaines (vivido pelo ótimo Forrest Whitaker) depois de uma infância difícil no sul , onde ve seu pai ser assassinado, muda-se para o norte dos EUA a procura de uma vida melhor, acaba conseguindo um emprego de Mordomo, onde presencia a história norte americana sendo contada através das passagens de diversos presidentes, desde Eisenhower  até Regan. 

No percurso, seu filho vê o crescimento da luta pelos direitos civis, entra para o Black Panters e parte para a luta contra o governo racista do sul. 

Alguns clichês são bem óbvios, como os presidentes defendendo os direitos civis, a alusão ao negro da casa ( se viu Malcoln X vai entender) .

Há varias participações especiais no filme, como de Mariah Carey, Oprah, Lenny Kravitz. Vanessa Redgrave e Robin Williams por exemplo. E várias passagens históricas também são retratadas, como Martin L. King, KKK, Panteras Negras entre outras fáceis de identificar.

Vi diversas criticas negativas sobre o filme, principalmente pelo fato de ser panfletário, meio obvio em alguns momentos e personagens caricaturados, mas gostei bastante do filme. Uma ótima surpresa não esperada.  

Trailer



quinta-feira, maio 15, 2014

12 Anos de Escravidão

Acho que diferente do ano passado, onde os filmes que concorriam ao Oscar eram muito bons (Lincoln e Os Miseráveis por exemplo), minhas expectativas eram grandes quanto aos escolhidos, mas diferente do ano passado quando já tinha assistido a praticamente todos antes do Oscar, este ano eu assisti apenas Gravidade antes da cerimonia. E apesar do visual fantástico nem achei a história de Gravidade tão boa assim. 

Em 12 anos de escravidão, tanto tinha lido, ouvido, visto trailer,etc... que minhas expectativas eram enormes quanto ao filme, mais tão grandes que acabei meio decepcionado com o resultado final. 

Não que o filme seja ruim, longe disso. 

No filme (spoiler...) um homem negro, livre, musico (violinista) e letrado, é enganado por uma oferta de trabalho, e enviado para o sul racista e escravagista dos EUA como fugitivo de uma fazenda. A partir dai come literalmente o pão que o diabo amassou.

O filme é baseado na história real de Solomon Northup, que foi aprisionado em 1841 (ou seja alguns anos antes de Lincoln acabar com a escravidão) e passa 12 anos horríveis nas fazendas do sul, e tendo de se adaptar a nova realidade que o cerca. 

Mesmo letrado, tem de fingir não saber ler, e somente tocar seu instrumento musical para os donos da fazenda, e trabalhar arduamente nas plantações de algodão. 

Apesar de um elenco bem estelar, o filme se baseia mesmo na história contada por Chiwetel Ejiofor (que faz Solomon) que tem uma boa interpretação, levando o personagem com um certo equilíbrio e sem as lamurias e dramas que se esperaria de uma situação assim. 

O filme ficou bem conhecido nos EUA principalmente por contar um pouco da história de escravidão de lá e pela bela interpretação de Lupita Nyong`o, interpretação esta que lhe valeu o Oscar. 

Um filme pra assistir com o lenço na mão obviamente. Diversas cenas fortes, que lhe tirarão o folego. Mas por incrível que pareça, não há cenas gratuitas de violência, tudo tem seu tempo no filme. 

O diretor acerta nos atores e personagens, mas algumas vezes aparecem cenas de paisagens que só servem pra encher o tempo/espaço.

Um filme a ver com calma. Sobre um período que insiste em continuar presente (basta ver as manifestações racistas dos últimos tempos no Brasil e exterior).

Steve McQueen (sim homônimo do ator famoso nas décadas de 60/70) é um dos poucos novos diretores de Hollywood que faz um ótimo trabalho em seus filmes com sensibilidade e clareza.

Trailer



quarta-feira, maio 14, 2014

A menina que roubava livros

Alguns filmes acho que pela temática, pela história ou pelos personagens , tendem a ser supervalorizados pelas críticas e até chegam a disputador prêmios , mas se você assistir depois de todo o "oba-oba" em torno do filme, verá que se trata de um filme digamos... comum. 

No longa A Menina que Roubava Livros, estamos na Alemanha Nazista, em plena guerra e uma família simples, adota (também por motivos financeiros, ou seja recebe algum para ficar com ela) a pequena Liesel Meminger , que vinda de uma família comunista,sem condições de cuidar dela. No trajeto até a pequena cidade, Liesel perde o irmão que também seria adotado. 

A narrativa do filme é bem interessante, é vista pelo angulo da Morte, não digo isso de maneira subjetiva, no filme é a própria morte que narra o filme. Mas a profundidade esperada por um tema tão pesado, não passa de algumas cenas bem pontuais.

Os personagens mais próximos de Liesel são o amigo Rudy, garoto meio intrometido mas que aos poucos ganha a atenção de Liesel, o pai adotivo em, ótima atuação de Geoffrey Rush (o homem que ensina o rei a discursar em O Discurso do Rei) e o judeu fugitivo que se esconde no porão da familia , vivido por Ben Schnetzer.

A mãe adotiva , vivida por Emily Watson (em ótimo papel) é dura com a menina , na verdade com todos, para passar respeito e principalmente a disciplina que ela necessitava naquele momento . 

Até ai vários personagens mas o que tem a ver com o nome do filme? Até este momento do filme nada... até que aparece a esposa do prefeito (prefeito este que a mãe de Liesel lava e passa as camisas) que a vê quando vai entregar as camisas passadas, e vendo seu interesse pela biblioteca da casa (de seu filho morto na verdade) começa a deixar sutilmente que Liesel possa aos poucos ler os livros que lhe interessam, pois diversos estavam proibidos pela Alemanha nazista(inclusive em uma cena ótima de queima de livros, que fica óbvio que nem todos compartilhavam da doutrina nazista). Mas em determinado momento o prefeito as pega com os livros, e Liesel proibida de entrar na biblioteca, começa a "pegar emprestado" os livros.

Mas a partir da apresentação de personagens o filme se torna lento e quase que previsível, com ações clarar para justificar momentos da história. Um filme sem a profundidade que esperava por se tratar de um tema tão forte e complexo. 

O filme em si é uma história dos rejeitados pela regime, os pobres da Alemanha. O que nos leva a concluir que nem todos os alemães se sentiam confortáveis no regime de Hitler, mas sem opção, acabavam aceitando as condições do nazismo. 

Um filme no geral bom... a ver mas com menos expectativas do que as criadas pelas críticas de o levaram a concorrer ao Oscar(pela trilha sonora original).

Trailer.





segunda-feira, maio 12, 2014

Serra do Mar II



Durante o mês de abril, fizemos dois passeios para a Serra do Mar, mais especificamente na Estrada Velha de Santos. Um em conjunto com o ABC click dia 06.04 e outro dia 19.04 do FCCB.

No segundo (das fotos abaixo) o clima era mais ameno, entretanto com uma névoa que atrapalhava bastante as fotografias, mas já conhecendo o caminho, o cansaço foi menor. 

Um passeio interessante a todos interessados em caminhadas, mas que tem de ter um certo preparo pois são 8,5 quilômetros Serra abaixo, e com poucos locais de descanso e água. 

Um lugar muito bonito para visitação e para fotografar, principalmente por causa da exuberante natureza no entorno. 

Abaixo link para fotos no Flickr. 

https://www.flickr.com/photos/59487922@N00/sets/72157644227549918/

Top Gun : Maverick

  Se você cresceu entre a década de 1980 e 1990, é impossível que não tenha visto ao menos uma vez aquele filme que traz , além de uma mega ...