terça-feira, setembro 30, 2014

Nos últimos anos, diversos grandes atores tem errado na escolha de filmes, mesmo tendo uma carreira sólida, as vezes deslizam em "blockbusters" sem conteúdo e com muitos efeitos. 

Denzel Washington até pouco tempo atrás, passava batido em filmes de final fácil, mas desde Deja vu, parece que engatou uma terceira em filmes de gosto duvidoso. 

Até então (Deja vu) sempre achei que sua simples presença salvava o filme do desastre ( que o diga John Q), mas já no começo do ano vi  Dose Dupla (com Mark Wahlberg) que era pra lá de sofrível. 

Em o Protetor (spoiler...) ele reencontra o diretor que fez com que ele ganhasse um Oscar (por Dia de Treinamento) , Antoine Fuqua, e em principio se tem a idéia de um grande filme, pois com diversos bons atores, uma história que poderia prender você a poltrona, seria mais um belo caminho ao Oscar para Denzel... mas o resultado é pra lá de duvidoso.

Denzel faz um funcionário de uma loja de departamentos, calmo e solidário com todo mundo, que ajuda a todos sem esperar nada em troca, até que o podre da sociedade o alcança, através das noites mal dormidas em que vai a um pequeno restaurante 24 horas e conversa com uma jovem prostituta. 

A prostituta nitidamente solitária e temendo pela vida, tenta sair do ciclo vicioso que a noite se tornou para ela, e em uma noite um cliente porco a espanca, o que desperta a ira do personagem de Denzel (Robert McCall que no decorrer do filme dá a entender que foi ex-agente da Cia ou alguma agencia do tipo) e ele tenta negociar com os cafetões da prostituta sua "liberdade" dando a eles sua economia de 9,8 mil dolares. 

Entretanto as coisas não terminam como ele imagina, e a partir dali sua vida se torna um inferno, pois os "cafetões" que ele elimina, na verdade são membros de um braço da mafia russa na Costa Oeste dos EUA, o que provoca a fúria do chefão russo, enviando aos EUA um assassino de primeira pra descobrir quem matou seus parceiros e eliminá-lo da maneira mais dolorosa possível. 

O que se vê a partir dai, é um roteiro lento, as vezes engraçado, mas nada justifica um filme cheio de "cliches" como da explosão do barco, onde ele nem olha pra trás, mortes em camera lenta e diversos recursos digitais de primeira, mas que deixa Denzel com mais ar de super herói do que de um justiceiro.

Fica claro que o filme é um prólogo de uma possível série de filmes (caso este faça o sucesso esperado) na linha de Jason Bourne, mas o filme não é de um todo ruim... tem algumas boas passagens, principalmente nas cenas de luta e nas "gracinhas" de Denzel, que parece se divertir com o personagem quase imortal. 

Espero que no caso de uma continuação, utilizem mais os talentos de Denzel como grande ator que é.

Trailer




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