quarta-feira, janeiro 12, 2022

Não Olhe para Cima



 Um filme satírico, acho que é a melhor definição de Não Olhe para Cima. 

O filme é claramente uma crítica a sociedade consumista, aos "instagram" que muitas vezes estão mais preocupados em postar suas novidades do que salvar o mundo.

No filme (sim spoiler...) um grupo de cientistas conseguem localizar um cometa em direção a Terra, que óbvio acarretará na destruição global... mas tanto a presidente dos EUA (ótima Meryl Streep) como as empresas interessadas nas 'jóias" que o meteoro pode trazer a Terra, tentam ao máximo retardar a possibilidade de uma missão de interceptação ao meteoro, todos deslumbrados pelas possibilidades que ele trará pra cada um, o que claro acaba dando errado no final.

A analogia entre as mudanças climáticas, confiança na tecnologia e não em cientistas e por ai vai. Várias referencias a Carl Sagan entre outros cientistas, interesses políticos (acima da ciencia) e alusão a Apple (a Bash) onde o CEO se vê acima da humanidade, quase como um Deus.

Um filme cheio de simbolismos, quase um easter egg completo, com referencias a diversas (críticas) relações entre o mundo digital e a sociedade que parece cada vez mais encantada com seus smartphones,. com diversas imagens de vários locais no mundo (uma tentativa de mostrar a Globalização), fica confuso em determinados momentos, mas no geral de bem fácil entendimento.

Se você estiver lendo isso em 2022, existe uma óbvia relação a política brasileira (e em alguns locais no resto do mundo) com as indicações de negacionismo a chegada do meteoro.

Um filme que não vai agradar a todos... principalmente quem não acompanha a geração Instagram, Facebook, Smartphone, e de super exposição as redes sociais, onde muitas vezes as informações fúteis e vazias são mais importantes (ver o noticiário de sensacionalismo barato do filme com a Cate Blanchett em outra ótima atuação) onde a todo momento tentam levar informações sérias como se fossem apenas a apresentação de uma novo  namorado de uma famosa qualquer. E a algoritmos decidirem o que nós humanos deveríamos decidir. Muitos já fazem isso. 

Hoje uma obra futurista... ou premonitório? 






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