quinta-feira, maio 15, 2014

12 Anos de Escravidão

Acho que diferente do ano passado, onde os filmes que concorriam ao Oscar eram muito bons (Lincoln e Os Miseráveis por exemplo), minhas expectativas eram grandes quanto aos escolhidos, mas diferente do ano passado quando já tinha assistido a praticamente todos antes do Oscar, este ano eu assisti apenas Gravidade antes da cerimonia. E apesar do visual fantástico nem achei a história de Gravidade tão boa assim. 

Em 12 anos de escravidão, tanto tinha lido, ouvido, visto trailer,etc... que minhas expectativas eram enormes quanto ao filme, mais tão grandes que acabei meio decepcionado com o resultado final. 

Não que o filme seja ruim, longe disso. 

No filme (spoiler...) um homem negro, livre, musico (violinista) e letrado, é enganado por uma oferta de trabalho, e enviado para o sul racista e escravagista dos EUA como fugitivo de uma fazenda. A partir dai come literalmente o pão que o diabo amassou.

O filme é baseado na história real de Solomon Northup, que foi aprisionado em 1841 (ou seja alguns anos antes de Lincoln acabar com a escravidão) e passa 12 anos horríveis nas fazendas do sul, e tendo de se adaptar a nova realidade que o cerca. 

Mesmo letrado, tem de fingir não saber ler, e somente tocar seu instrumento musical para os donos da fazenda, e trabalhar arduamente nas plantações de algodão. 

Apesar de um elenco bem estelar, o filme se baseia mesmo na história contada por Chiwetel Ejiofor (que faz Solomon) que tem uma boa interpretação, levando o personagem com um certo equilíbrio e sem as lamurias e dramas que se esperaria de uma situação assim. 

O filme ficou bem conhecido nos EUA principalmente por contar um pouco da história de escravidão de lá e pela bela interpretação de Lupita Nyong`o, interpretação esta que lhe valeu o Oscar. 

Um filme pra assistir com o lenço na mão obviamente. Diversas cenas fortes, que lhe tirarão o folego. Mas por incrível que pareça, não há cenas gratuitas de violência, tudo tem seu tempo no filme. 

O diretor acerta nos atores e personagens, mas algumas vezes aparecem cenas de paisagens que só servem pra encher o tempo/espaço.

Um filme a ver com calma. Sobre um período que insiste em continuar presente (basta ver as manifestações racistas dos últimos tempos no Brasil e exterior).

Steve McQueen (sim homônimo do ator famoso nas décadas de 60/70) é um dos poucos novos diretores de Hollywood que faz um ótimo trabalho em seus filmes com sensibilidade e clareza.

Trailer



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