quarta-feira, maio 24, 2017

Corra (Get Out)

Ao se deparar com o trailer, se tem a impressão de um episódio de Black Mirror, talvez porque a minha unica referencia sobre o ator Daniel Kaluuya, é um dos episódios da famosa série da Netflix. 

Tudo leva a parecer um filme de terror mas com uma pegada meio cômica e ao mesmo tempo, tirando um certo sarro do racismo institucional que está enraizado no dia a dia mas que praticamente ninguém vê, ou finge que não repara. 

No filme (sim spoilerrrrr...), Chris (Daniel) esta´namorando uma menina de sua idade, até ai nada de anormal, mas em determinado momento, ela o leva para conhecer sua família em uma típico "subúrbio" dos EUA (explicando.. por la subúrbio como denominam e  onde ficam as casas das pessoas bem de vida, com belas mansões, carrões e comunidades praticamente fechadas, mais ou menos como os condomínios fechados de SP) , e o porém é que ela é linda e branca e ele negro.

Por ai já daria pra ter uma ideia das diferenças sociais/culturais que ele encontraria e  onde ele conhece os pais da namorada e o irmão, que já é meio atormentado, dando uma ideia do que está por vir... 

Mas se em principio se espera um filme sobre racismo, está em parte certo... mas a realidade do filme é bem outra. A partir do momento que ele conhece os dois funcionários da casa, que são negros, mas super-mega estranhos a ele tanto culturalmente como na maneira da agir... além do mais no dia seguinte haverá uma "festa" que fazem anualmente com diversos membros da sociedade, que a cada cumprimento deixam claro sua "etnia" pois falam da força dos negros, da cultura, arriscando até algumas gírias, entre outras bizarrices na tentativa de pareceram amigos de Chris. 

A partir desse momento , a história se torna surreal, mas com momentos cômicos graças ao amigo de Chris, um cara com ótimas tiradas cômicas,mesmo quando está falando sério. 

O filme oscila entre o terror,um clima sinistro na casa dos país da namorada e o relaxamento bem ponderado nas tiradas do filme. Um terror soft que vai do racismo normal a situações pra la de surreais, com um final ótimo , onde conseguem sair do padrão onde os casais e o coadjuvante negro morrem primeiro (tipico dos filmes de terror dos EUA) pois aqui ele é o protagonista e leva a historia para um final bem diferente do esperado. 






terça-feira, maio 16, 2017

Alien : Covenant

Durante todas as entrevistas de Prometheus de 2012, Ridley Scott fez de tudo pra dizer que não era uma nova (ou explicativa) tentativa de retomar a franquia  de Alien, que fez muito sucesso entre 1979 e inicio da década de 90.

Mas aqui a referencia é descarada. Alien:Covenant é simplesmente um prólogo (ou filme intermediário entre Prometheus e o próximo que agora não tenho dúvida que sairá). E toda a historinha que uma coisa não tinha a ver com a outra não tem mais sentido. É sim uma franquia sobre o Alien.

Mas se no primeiro havia toda uma tentativa de explicações filosóficas sobre a origem da humanidade, a responsabilidade de se descobrir vida fora da Terra, etc... aqui vamos direto ao assunto.

Em Covenant (sim spoiler e dos grandes !!!) estamos a alguns anos (10 pra ser exatos) dos eventos de Prometheus, e uma nova tripulação está no espaço, só que agora com uma missão clara de colonização de um novo planeta.

Durante a viagem, todos estão em sono criogênico, exceto o android Walter , que é na verdade uma versão melhorada do David do primeiro filme. Após um evento inesperado no espaço, ele se ve obrigado a acordar toda a tripulação, para não perder todos, inclusive os mais de 2.000 colonizadores que também dormem.

Após conseguirem resolver os problemas causados pela onda magnética (se é assim que entendi) , o capacete de um dos astronautas que estava fora da nave pra fazer reparos, recebe uma transmissão de rádio, coisa praticamente impossível por estarem a milhões de quilômetros da Terra.

Obviamente vão pesquisar a origem da transmissão, e encontram um planeta com características parecidas com a Terra em orbita de uma estrela que não tinham visto em seus estudos de colonização.

Como os tripulantes não querem voltar ao sono, todos resolvem ver a origem da transmissão , levando uma pequena nave a partir da orbita do planeta com parte da tripulação com intuito de pesquisar biológicas e ecológicas e claro achar a fonte da transmissão.

E essa não seria a pior ideia que teriam no dia... ao chegar no planeta , encontram a nave alienigena que a David e a Dr. Shaw partiram do planeta do filme anterior. A partir dai tudo previsível do universo de Alien começa a acontecer, e a partir do momento que são salvos por David que aparece no momento que seriam destruídos por criaturas hibridas, o filme toma um lado mais de terror que ficção cientifica, bem na linha do primeiro Alien mas com muito menos pegada.

Ridley Scott fez de tudo para introduzir neste filme parte do terror vivido por Ripley no primeiro filme, mas como disse no começo , é um filme de transição, então fica a ideia que logo saberemos da produção do terceiro filme.

Aqui ele perdeu a chance de ser mais direto sobre o que se esperar de um próximo filme (pode ir embora no termino do filme pois não tem cena pós crédito) , mas uma atenção especial as interpretações de Fassbender dos androides David e Walter, principalmente a paz e sadismo de um David que passou anos sozinho fazendo pesquisar genéticas que deixariam Mengele de cabelos em pé.

O filme serve como um explicativo sobre a origem do Alien que vimos no passado e uma entrada digna para o que virá. Mas sempre lembrando que para os fãs de ficção cientifica , descobertas espaciais e viagens estelares, um deleite para os olhos.

Trailer

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