sexta-feira, março 06, 2015

Birdman - Ou a insperada virtude da ignorância

Dos filmes do Oscar , Birdman acabei vendo por último, talvez por preguiça, pois um filme quando recebe tantos elogios de críticos de cinema, já me dá preguiça de assistir, pois sempre são filmes chatos, monótonos e com uma história psico-pedagógica cansativa...

Mas me surpreendi e muito com Birdman. No filme (spoiler) Michael Keaton faz um ator/produtor que está prestes a estrear uma peça na Broadway que pode ser um novo divisor de águas na sua vida, tanto pra melhor como pra pior. 

Ele tenta a todo custo levantar a carreira, que no passado foi de uma triologia de sucesso (o tal Birdman) mas que agora estagnada, tenta voltar a fama com a peça cheia de atores problematicos, enquanto tenta lidar com sua filha ex(atual) usuária de drogas que é sua assistente, e o ator maluco que acha que é o centro da peça. 

Em paralelo a trama, podemos deixar de lado as citações e ver claramente que o filme quase que é uma biografia do próprio Keaton, que no final dos 80 deu vida a o novo Batman (89 e 92) mas que depois desapareceu nos porões de Hollywood. Outro que faz um personagem que quase é uma cópia de si mesmo é Edward Norton que faz o ator amalucado dentro da peça de Keaton, que mora com uma das atrizes da peça mas vive jogando charme para a filha do primeiro. Lembrando que Norton também deu vida a uma das versões Hulk no passado. No fundo rola um jogo de celebridades (no filme) querendo voltar as épocas de sucesso.

O filme tem poucos cortes, é em um plano-sequencia que fez com que os atores decorassem muitas falas, pois as vezes passam muitos (muitos mesmo) minutos em diálogos longos e sem cortes. Uma parte excelente é a cena no Pub onde está a critica de teatro, que gosta de detonar as peças, assista e verá. 

Um filme de autor, visto que o diretor também já fez outros filmes cultuados (e um pouco supervalorizados) no passado.

Um pouco cansativo, mas ao mesmo tempo elétrico pois com poucos cortes fica difícil você tirar o olho da tela. Um filme a ver... mais de uma vez até, excelente exercício de cinema.

Trailer





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