quarta-feira, maio 14, 2014

A menina que roubava livros

Alguns filmes acho que pela temática, pela história ou pelos personagens , tendem a ser supervalorizados pelas críticas e até chegam a disputador prêmios , mas se você assistir depois de todo o "oba-oba" em torno do filme, verá que se trata de um filme digamos... comum. 

No longa A Menina que Roubava Livros, estamos na Alemanha Nazista, em plena guerra e uma família simples, adota (também por motivos financeiros, ou seja recebe algum para ficar com ela) a pequena Liesel Meminger , que vinda de uma família comunista,sem condições de cuidar dela. No trajeto até a pequena cidade, Liesel perde o irmão que também seria adotado. 

A narrativa do filme é bem interessante, é vista pelo angulo da Morte, não digo isso de maneira subjetiva, no filme é a própria morte que narra o filme. Mas a profundidade esperada por um tema tão pesado, não passa de algumas cenas bem pontuais.

Os personagens mais próximos de Liesel são o amigo Rudy, garoto meio intrometido mas que aos poucos ganha a atenção de Liesel, o pai adotivo em, ótima atuação de Geoffrey Rush (o homem que ensina o rei a discursar em O Discurso do Rei) e o judeu fugitivo que se esconde no porão da familia , vivido por Ben Schnetzer.

A mãe adotiva , vivida por Emily Watson (em ótimo papel) é dura com a menina , na verdade com todos, para passar respeito e principalmente a disciplina que ela necessitava naquele momento . 

Até ai vários personagens mas o que tem a ver com o nome do filme? Até este momento do filme nada... até que aparece a esposa do prefeito (prefeito este que a mãe de Liesel lava e passa as camisas) que a vê quando vai entregar as camisas passadas, e vendo seu interesse pela biblioteca da casa (de seu filho morto na verdade) começa a deixar sutilmente que Liesel possa aos poucos ler os livros que lhe interessam, pois diversos estavam proibidos pela Alemanha nazista(inclusive em uma cena ótima de queima de livros, que fica óbvio que nem todos compartilhavam da doutrina nazista). Mas em determinado momento o prefeito as pega com os livros, e Liesel proibida de entrar na biblioteca, começa a "pegar emprestado" os livros.

Mas a partir da apresentação de personagens o filme se torna lento e quase que previsível, com ações clarar para justificar momentos da história. Um filme sem a profundidade que esperava por se tratar de um tema tão forte e complexo. 

O filme em si é uma história dos rejeitados pela regime, os pobres da Alemanha. O que nos leva a concluir que nem todos os alemães se sentiam confortáveis no regime de Hitler, mas sem opção, acabavam aceitando as condições do nazismo. 

Um filme no geral bom... a ver mas com menos expectativas do que as criadas pelas críticas de o levaram a concorrer ao Oscar(pela trilha sonora original).

Trailer.





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