Se colocando como o novo Dart Vader , Bush propõe que ninguem possa atrapalhar os planos americanos de fazer testes ? diversos no espaço.... isso já vem da época do Reagan, tinham deixado de lado , mas o idiota que só pensa em Guerra já está colocando as asas de fora de novo.... Matéria da FSP
Bush reforça uso militar do programa espacial Segundo nova versão da Política Espacial Nacional, EUA "rejeitam qualquer limitação para operar" no espaço e poderão impedir seu uso por adversários
País vetará tratados que pretendam banir armas no espaço; para críticos, documento ecoa doutrina da "guerra preventiva"
SÉRGIO DÁVILA
DE WASHINGTON
O governo norte-americano revisou as diretrizes de seu programa espacial, tornando-o o mais militarizado desde a gestão de Ronald Reagan (1981-1989). Segundo a nova versão da Política Espacial Nacional, o país "rejeita qualquer limitação do direito fundamental dos Estados Unidos de operar e adquirir informação no espaço".
Os EUA também "negarão a adversários, se necessário, o uso de capacidades no espaço hostis aos interesses norte-americanos", continua a ordem, assinada pelo presidente George W. Bush.
A Política Espacial Nacional afirma que o país vai se opor a tratados internacionais que limitem o uso ou acesso dos americanos ao espaço e dá ao secretário de Defesa (cargo hoje ocupado por Donald Rumsfeld) e ao diretor de Inteligência Nacional (John Negroponte) poderes para que as novas exigências sejam cumpridas.
As ações de ambos, porém, não serão divulgadas. "Projeto, desenvolvimento, aquisição, operações e produtos de atividades de inteligência e defesa espaciais deverão ser classificados [secretos]", reza a ordem.
Unilateral
Em outubro do ano passado, os EUA votaram contra proposta apresentada na ONU para negociações sobre a proibição de armas no espaço -foi o único voto contrário à proposta, apoiada por 160 países.
É a primeira revisão do programa desde 1996, feita então pelo presidente Bill Clinton. Há diferenças significativas entre as prioridades do republicano e as do democrata (veja quadro ao lado).
A versão tornada pública da nova política, um documento de dez páginas, "reflete uma posição mais agressiva e unilateral", ponderou a revista "New Scientist". "Há uma mudança de visão e mentalidade", disse Theresa Hitchens, diretora do Centro de Informação de Defesa, entidade não-governamental de Washington. "Neocons no espaço: a guerra preventiva vira interplanetária", criticou o blog liberal "The Huffington Post", citando uma das bases da Doutrina Bush.
Um aspecto envolvendo o novo documento causou estranheza. A nova versão da política espacial foi assinada por Bush em 31 de agosto e colocada no ar às 17h locais (18h de Brasília) de 6 de outubro, o dia útil anterior a um feriado nacional. Não houve divulgação ou entrevista de membros do governo ligados à área. Entrou no site do Escritório de Ciência e Tecnologia da Casa Branca.
Guerra nas Estrelas
Outro aspecto é o conteúdo em si. Com o fim da União Soviética e a consolidação da hegemonia militar norte-americana, acreditava-se que a corrida militar espacial havia se tornado obsoleta -o último presidente a se preocupar com ela foi Reagan, no começo dos anos 80, com seu fracassado programa de satélites armados que defenderiam o país de um ataque nuclear, batizado por críticos de "Guerra nas Estrelas".
Com a exceção de um incidente recente relatado pelo Pentágono, em que chineses podem ter tentado apagar por segundos um satélite norte-americano, há pouca atividade militar no espaço a justificar a mudança. A chamada "guerra ao terror" tem sido lutada no solo, com armas de fabricação caseira e fuzis AK-47. A Casa Branca justifica a preocupação, no entanto, ao escrever que está pensando "adiante".
"A política apenas reforça que estamos comprometidos com os usos pacíficos do espaço por todas as nações", disse Frederick Jones, assessor do Conselho de Segurança Nacional. "Os avanços da tecnologia aumentaram a importância e o uso do espaço, do qual dependemos para atividades como caixas eletrônicos, navegação e telefonia celular."
O documento foi primeiro comentado pelo Space.com, abrigado no site noticioso MSNBC, em 7 de outubro. Nos dias seguintes, seria objeto de reportagem do jornal "USA Today", da revista "New Scientist" e do jornal "The Washington Post", que o publicou como principal assunto de sua primeira página de ontem.
quinta-feira, outubro 19, 2006
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