segunda-feira, dezembro 28, 2009

A estrada

Depois de 3 horas e meia dirigindo, alguns trechos sob chuva, é um alivio simplesmente digitar aqui.

Não que não goste de dirigir... adoro. Mas na estrada, se andar na velocidade média tá lento... se andar na que gostaria, lá vem a multa.

Mas a estrada me deixa melancolico... aquela reta sem fim, a preocupação com a velocidade (pé de chumbo é fod...) e a volta com as preocupações cotidianas.

O mais engraçado de ficar alguns dias no interior, é ver como tudo por lá funciona em outra velocidade. Os bancos fecham as 15 horas.

Tenho diversos primos e tias na cidade, mas voce não vê muita gente pois o pessoal quase não sai de casa. Em Vargem Grande do Sul, que era onde realmente estava, dando uma volta pela cidade no meio do domingo devo ter visto umas... 10 pessoas.

Depois de umas 9 da noite pra achar um bar para tomar cerveja só com milagre.

Durante o dia o comercio também parece em camera lenta, desde a vendedora da loja de roupas, até o frentista do posto de gasolina.

Imagina eu , paulistano estressado, esperando a boa vontade do atendente do restaurante na estrada para servir o almoço? Foi quase um colapso nervoso rsrsrsrsrs...

Voce vem a 120,130 por hora na estrada e para para comer em uma cidade qualquer... ai o povo na velociade deles, e vc fala rasgando com o cartão de crédito na mão perguntando pelo preço do almoço, se servem rápido, se por ali tem caixa eletronico, onde é o banheiro, etc... quase mato a senhora do pequeno restaurante da estrada com perguntas diversas sem respirar...

O que mais me espanta por aqui é que no geral sou calmo, mas o meu calmo é 100 vezes mais acelerado que a maioria no interior do Estado.

Durante o domingo fui a São Sebastião da Grama, uma cidade de mais ou menos 9 mil habitantes, e também a Divinolandia que me pareceu um pouco menor. Tem um mirante (em São Sebastião) que dá pra ver a cidade toda. Não é figura de linguagem não , literalmente dá pra ver a cidade toda, dá até para fazer um mapa.

Na estrada entre SSGrama e Divinolandia, estava com a Sandra (amiga de minha irmã) e ela sem cinto de segurança, eu como todo estressadão daqui falava toda hora, "põe o cinto" e ela "por aqui não precisa" e eu toda hora de olho naquele cinto faltando...

O engraçado é chegando em Divinolandia, passamos por um posto policial com suas 3 viaturas... pra cidade toda !!! e ai eu louco achando que ia levar uma multa por causa do cinto. Com o tempo reparei que ninguem usava cinto em lugar nenhum naquelas cidades... e eu naqueles 40 graus com o cinto atravessado no pescoço... acho que ficou fácil identificar quem era o turista...

E pior.. a maioria com latas de cerveja na mão e dirigindo... é Serra essa merda só funciona aqui na Capital...

Na cidade a única coisa aberta no meio da tarde foi uma sorveteria.. achei estranho depois fui descobrir que a dona e o irmão são de São Bernardo do Campo... só mesmo sendo daqui para acreditar que apareceria alguem no meio do nada , no meio da tarde de domingo pra comprar sorvete... tomei duas coca colas.

Bom depois de umas garrafas na casa de meu primo em SS Grama, tinha esquecido que estava hospedado na casa de um primo na outra cidade... tinha de levar a Sandra na casa dela, e ir a noite, por uma via que não conheço chovendo, para andar pouco mais de 15 quilometros na estradinha... nunca uma estradinha pareceu tão longa...

Sempre vejo as pessoas dizerem que quando se aposentarem, vão morar no interior pela qualidade de vida, e blablabla... não sei não... acho que vou ficar por aqui mesmo, não aguentaria 1 mês sem aquela filinha do Cinemark...

As velocidades por aqui são loucas, transito caótico, atraso para o curso, banco lotado, shopping cheio e sem lugar para estacionar, e por ai vai...

Depois de quase 5 dias no interior voltei a Sampa.. de cara pela Bandeirantes (e mais de 30 paus de pedágiooooo!!!) voce cai na Marginal e ai... tudo parado !!! Cartão de visita da cidade. Mais uma hora pra chegar em casa pela Marginal ... ou seja, Bem vindo a São Paulo.

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