Além de inacessível, internet não desperta interesse de mais pobres
DA REPORTAGEM LOCAL
A disseminação de LAN houses e a instalação de computadores com acesso à internet em escolas, centros culturais e associações vêm propiciando a mais e mais paulistanos o usa da rede. Mas isso, não necessariamente, tem despertado o interesse dos cidadãos.A frentista Sueli Ferreira, 30, não tem acesso à internet e não sente falta dela. "Nunca fiz curso, não sei usar, não tenho computador", diz. Mas, conta, se tivesse necessidade de usar a rede mundial de computadores, poderia ir a uma LAN ou a um centro cultural.
O vendedor Nelson Gomes jamais usou a internet. Se quisesse, diz, poderia acessar a rede na casa de amigos. "Mas nunca me interessei." Preocupado com a educação dos filhos, de dois e sete anos, o vendedor pensa atualmente em adquirir um computador e tomar contato com a rede, mas ainda sem grande empolgação.
Ricardo Augusto, 30, funcionário de um lava-rápido na Vila Nova Cachoeirinha (zona norte de SP), não tem computador e nunca esteve em uma LAN house. "Não tenho o que procurar", diz ao questionado sobre sua relação com o mundo virtual. Outro "desinteressado" no assunto é o aluno do terceiro ano do ensino secundário Gabriel Paixão, 17. "Não sou muito chegado [à internet]." Gabriel vendeu recentemente o seu computador.
Um comentário:
O pior é colocarem o Brasil como um dos grandes usuários de tecnologia sendo que sabemos que apenas 15% da população tem acesso as técnologias, como computador, Palm,etc... tirando o celular pré-pago o restante a maioria nem sabe que existe.
Postar um comentário