quarta-feira, junho 28, 2017

O Circulo

Um filme que logo de cara, fica impossível não fazer comparações com a série Black Mirror, ou filmes sobre empresas de tecnologia como Google e Facebook.

Em determinados momentos, fica mesmo a sensação de crítica aos métodos, como em Ameaça Virtual de 2000, onde a NURV (leia-se na época Microsoft) fazia de tudo para burlar as leis antitrust dos EUA.

Mas voltando a "O Circulo" é um filme bem atual, principalmente para geração 2000 que nasceu praticamente em redes sociais, desde MySpace (lá se vão quase 20 anos) ao Snap ou Whatss atual. 

No filme (spoiler...), Mae (personagem da eterna Hermione - Emma Watson) é uma funcionária frustrada de uma empresa de água, quando sua amiga lhe joga no colo a chance de sua vida... trabalhar na maior empresa de tecnologia local, O Circulo.

Claro que em um primeiro momento se tem a impressão de um estar trabalhando em um misto de Google com Facebook, com sua rede social interna, videos sobre atividades, informações infinitas sobre diversos assuntos e claro um salario decente, plano de saúde (inclusive para o pai que tem esclerose) e todo aquele ambiente festivo que essas empresas passam. 

Mas logo de cara ela conhece um cara meio deslocado na empresa (John Boyega) que é um dos fundadores que lhe passa informações de bastidores da empresa e sobre o abuso na privacidade das pessoas, e como os dois principais executivos (personagens de Tom Hanks e Patton Oswalt que no caso de Hanks uma alusão bem clara a Steve Jobs) fazem de tudo para que pareça tudo certo por lá.

Após um incidente com Mae no qual ela só é salva graças as câmeras instaladas próximas ao local, a propõem uma maneira de mostrar ao mundo a nova tecnologia da empresa, a câmera minuscula, capaz de imagem em alta qualidade (ele faz uma comparação com as câmeras que mostravam praias de surf no começo dos 2000, não pude deixar de lembrar um antigo site chamado Camerasurf que seguia e as imagens eram horríveis... mas o que tinha na época) e principalmente monitorar toda suas vida e todos no qual ela convive em tempo real, dentro de softwares da empresa.

Em um primeiro momento de deslumbramento ela aceita, mas logo vai percebendo que tem a privacidade online 24 horas por dia , pode não ser uma boa ideia. 

A premissa aqui é clara... uma alusão ao excesso de exposição que temos hoje em dia, porém podiam ter aprofundado mais a história e a personagem, pois é um assunto atual e que vai muito longe ainda.

A ideia é ótima mas o resultado um pouco superficial, mas impossível não se identificar com a personagem a partir do momento que todos usamos redes sociais e expomos muito mais do que deveríamos de nossas vidas online. 

No geral um bom filme, mas como disse lá no começo, um episódio longo de Black Mirror. 

Trailer




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