Star Wars - Despertar da Força

Depois de muitos anos, achei realmente que não sairia outro Star Wars, já que George Lucas já tinha avisado que se dependesse dele, a saga tinha acabado com os Episódios I,II,III ali do final dos anos 1990.

Entretanto depois que a Disney comprou o estúdio ele, la de cara já deixou claro que sairia  outros sim, e pelo que vem acontecendo nas bilheterias, só com o dinheiro do primeiro já vai dar pra compensar todo dinheiro pago a George Lucas.

Pra quem não tem mais de 50 anos (meu caso) , não vi os primeiros filmes no cinema, mas como passaram incansavelmente por anos na tv, deu pra ver e rever diversas vezes. 

Já os filmes de 1999 pra cá , deu pra ver tudo no cinema, mas não me entusiasmaram tanto como os primeiros.

Restou ver os três (que teoricamente serão os últimos certo? Duvido) da saga .

O filme (agora sim Spoiler...) se passa muitos anos depois do Retorno de Jedi, o último da primeira fase de Star Wars, e aqui conseguem reeditar alguns personagens interessantes da saga original.

Pra não contar muito, um dos Stormtroppers se rebela depois de ver um massacre sem sentido em um pequeno vilarejo em um planeta distante, mas pra isso tem de fugir desesperadamente da tropa e se aliar a uma jovem (Rey) . Aqui já temos uma mostra do "futuro" batendo a porta.. os personagens principais (Stormtropper fugitivo do ator John Boyega) e a Rey (personagem da jovem atriz Daisy Ridley ) são um negro e uma mulher como protagonistas.

O resgate de personagens históricos também já era esperado por causa dos trailer... então pode esperar pra ver Harrison Ford em seu Han Solo e Carrie Fisher como Léa novamente.

O filme é meio a procura do Luke Skywalker.. isso fica claro já nas primeiras cenas.

Uma Republica é criada e tem como lider um discipulo dos ideiais de Dart Vader, aqui na figura de um outro jovem ator, mas acho que foi pouco aproveitado na trama, mas como devem ser três filmes... 

Pra quem viu os originais, vai ficar com algumas sensações de que o enredo não tá bem amarrado, algumas coisas não tem explicações logicas , mas acho que de certa maneira foi de propósito para não assustar possíveis novos fãs , que irão desesperadamente procurar os três primeiros no Netflix.

Em resumo não foi tudo o que eu esperava, acho que criaram tanta expectativa que era praticamente impossível acertarem em tudo, e principalmente com a direção de J.J. Abrams que não arrisca muito (quem viu o segundo Star Trek que é praticamente uma cópia de A Ira de Kan ,vai me entender) foi dentro do aceitável e superior a segunda trilogia  (1999-2005) onde George Lucas parecia desinteressado e não aproveitou todo o carisma e talento da Natalie Portman. 

Um filme acima da média e que vale muito ser visto... principalmente se tiver um IMAX pra ver em 3D os efeitos. 

Trailer

Perdido em Marte

Depois de prometer muito em Prometheus (sim é um trocadilho) e no final não cumprir nem a metade,  Ridley Scott resolveu ir por um caminho mais simples em "Perdido em Marte" usando alguns clichês e com um personagem de fácil identificação.

De um filme que não esperava grandes novidades, afinal filmes sobre Marte de 2000 pra cá pipocaram em Hollywood, mas o personagem de Matt Damon consegue prender você a tela pela necessidade de desfecho. 

Bom no filme (spoiler...) Matt Damon é um astronauta em missão em Marte, que em um momento de dificuldade, necessitam partir as pressas, porém no meio da confusão ele é atingido por uma peça e desmaia, fazendo com que os outros astronautas o considerem morto, e assim o deixando pra trás. 

Assim que acorda, começa sua saga de sobrevivência, até conseguir se comunicar com a Terra para tentarem um resgate , em um planeta que precisa 4 anos pra chegar...

Mas como estamos falando de Hollywood, não faltarão heroísmos, a NASA dando espetáculo e um desfecho pra lá de hollywoodiano para um bom filme de ficção. 

Cenários de primeira, equipamentos de ponta e uma ciência explicada pela metade para o filme não ficar nerd demais, fazem de Perdido em Marte mais um filme de ficção ação do que ficção propriamente dita.

No fim tudo dá certo, e fica dificil não fazer um comparativo com o filme que o projetou para o cinema (Resgate do Soldado Ryan), aqui a alguns milhares de quilômetros da Terra.

Diversão de primeira sem preocupações filosóficas/cientificas , tipicas destes tipo de filme, com sacadas e piadinhas a todo momento. 

Trailer

Lucy

Alguns filmes passam tão rápido no cinema que pra conseguir assistir só com milagre... Lucy foi um desses. 

Depois de ver o trailer várias vezes antes de outros filmes no IMAX, achei que o filme ficaria semanas em cartaz, afinal tinha Scarlett Johansson, era de Luc Besson, etc... mas não foi bem isso que aconteceu. Mal vi em cartaz. Mas finalmente esta semana consegui assistir.

Luc Besson sempre foi digamos muito "futurista" basta lembra do "Quinto Elemento" lá de 1995.... mas a estética está la, intacta.

Bom quanto ao filme (spoiler....) Lucy é uma jovem que estuda em uma cidade asiática (no filme não fica muito claro onde ela está só depois de algum tempo sabe-se que é em Taiwan) e ao ajudar um namorado/ficante, a entregar uma pasta em uma mega corporação, se ve envolvida em um mercado de venda de drogas sintéticas, onde instalam em uma área em sua barriga um pacote com aproximadamente um quilo da tal droga... mas antes de sair do país pra levar a droga a outro país obrigada (droga experimental), ela em sua espera com os capangas, não aceita uma tentativa de estupro, e é espancada por um deles.. fazendo com que o pacote em sua barriga se parta... a partir dai o filme toma ares futuristas absurdos... 

Há uma teoria já derrubada por cientistas que dizia que usávamos apenas 10% de nosso cérebro, e que o aumento desse percentual poderia fazer com que tenhamos poderes paranormais, como previsões, movimentar objetos, ler mentes, etc.. ou seja nos tornaríamos praticamente computadores com capacidade absurda de informação adicionando ai poderes paranormais e telecinéticos. 

No filme isso é explorado a quinta essência. Lucy com a droga em seu organismo passa a acessar informações infinitas, matando seus algozes e entrando em contato com um cientista que pesquisa essa teoria (Morgan Freeman que acaba dando um ar mais sério a trama de ficção). 

Claro que a partir deste ponto, temos de deixar a lógica de lado e seguir as idéias do filme, do aumento gradativo da capacidade cerebral de Lucy e o aumento também de seus poderes.

A trama parte para a Europa e se torna mais uma trama policial e cientifica ao mesmo tempo, com efeitos especiais bem interessantes e uma interpretação de Scarlett que ajuda muito o filme. 

O que na pratica se tornaria piada, se torna plausível a partir do momento que se lembre que está diante de uma obra de ficção cientifica baseada em "fatos" que no fundo são frutos de uma ciência fictícia. 

O filme se perde um pouco no final, mas fica a renovação da idéia do uso dos 10% do cérebro, e de certa maneira uma clara referencia ao filme "Limitless - Sem Limites (clique aqui e veja trailer)" de 2011 que tinha uma premissa parecida. 

Para os fãs de ficção cientifica, um deleite em idéias futuristas e uso de tecnologias que não passamos nem perto de termos hoje em dia. Por esse ponto de vista, achei um ótimo filme. 

Trailer.