quarta-feira, maio 20, 2015

Mad Max - Estrada da Fúria

Mad Max é um filme que vi muito jovem nos anos 80 com o Mel Gibson e lembro principalmente do pior deles o "Além da Cúpula do Trovão" com a Tina Turner... e sempre achei que tinham enterrado a série ali.

Quanto vi trailers sobre um novo Mad Max , não achei grande coisa , visto que os dois primeiros (antes de Além da Cúpula...) são ótimos , com cenas de ação fantásticas e principalmente com o Interceptor, carro que ele utilizava, sendo o objeto de desejo de toda a mulecada da época. 

Por diversos motivos Mel Gibson não participa deste novo, mas o filme não deixa a desejar mas de certa maneira sente a falta do carisma de Gibson.

No filme (spoiler...) Max em um mundo pós apocalíptico, logo no início é capturado por uma gangue que destrói parcialmente o seu carro (uma alusão ao Interceptor do passado) e ele se vê como um doador de sangue aos jovens soldados, sendo usado como escravo e vendo de camarote as atrocidades do Messiânico líder.

Como sempre carros são o chamariz para várias cenas, aqui tendo ele um culto enorme, visto principalmente pela importância dos volantes, que ficam em uma espécie de altar , para serem retirados apenas para as perseguições aos não seguidores.

Um contra ponto vem das figuras femininas no filme, principalmente pela Imperatriz Furiosa, personagem de Chalize Theron, que na verdade se torna o principal do filme, deixando o médio Tom Hardy com um Max coadjuvante da força da Furiosa. É uma inversão de papeis que sempre se tem a impressão que será invertida, mas o filme termina do jeito que começa, com um Max menos pujante do que o original, o que deixa claro o quão importante era a figura de Mel Gibson nos três primeiros filmes.

A relação com renascimento, das "parideiras" lindas fugindo do maniaco que as queria apenas para colocar filhos perfeitos no mundo ganha um simbolismo, pouco aprofundado no filme que acaba coberto por cenas de ação de tirar o folego, se for ver no Imax 3D (ou similares com outros nomes) vai se ver desviando de peças que saem do carro por exemplo, tamanha a qualidade que conseguiram explorando o 3D. Algumas cenas são realmente de tirar o folego, e a tempestade de areia é surreal, momento grande da computação gráfica.

Acho que para quem nunca viu os "originais " dos anos 80 , com certeza colocará este com um dos melhores filmes do ano... mas achei ótimo, não pelo roteiro curto e fácil de entender, mas pelas cenas de ação de tirar o fôlego , mas poderiam ter  explorado mais o simbolismo da criação de um novo mundo, ao tentar mudar o atual apocaliptico.

A ver. Trailer




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