terça-feira, novembro 25, 2014
Rio / Niterói
No meio de outubro , houve o aniversário de 70 anos da Sociedade Fluminense de Fotografia, exatamente dia 18, onde fizeram uma bela exposição em sua grande sede social em Niterói - RJ.
Aproveitando a deixa, e minha vontade de viajar, já que não ia ao Rio de Janeiro a quase 10 anos (última vez e na correria foi em 2005), vi uma brecha nas datas do trabalho, e lá fomos nós, eu e a Talitha (que nunca tinha ido ao Rio) pegar boas 5 e poucas horas de Dutra até o Rio.
Tudo correu bem, até chegarmos perto do Rio de Janeiro... indo em uma sexta feira , não sabia que a segunda seguinte seria feriado por la... e depois de chegar ao Rio, levamos mais 4 horas até conseguirmos chegar na pousada em Niterói. Contratempo tirado de letra.
Como chegamos a noite não deu pra ver a beleza da pousada (só tinha visto pelo Booking.com) mas no dia seguinte deu pra ver o belo local (apesar de looonge do centro) em que estávamos...
Fiz um vídeo pra mostrar a beleza da pousada , veja abaixo.
Bom... o Rio continua lindo... o Cristo continua cheio... e a cidade é bela e quente... Niterói que não ia a muito tempo mudou bastante, mas de certa maneira a pousada um pouco distante foi bom pra conhecer outros locais , além do Museu Arte Contemporânea, e outras coisas próximas ao centro... principalmente a praia de Itacoatiara em Niterói.
Uma foto de Itacoatiara
Claro que como todo bom turista, fomos a Copacabana, fotografamos a ponte Rio Niterói, o Cristo, etc... três dias bem corridos mas que valeram a pena.
Uma noite em Santa Teresa tentou me tirar do sério.. mas nada que um bom comentário no booking.com pra resolver o problema de pousada mal administrada...
E claro fotografamos... minhas fotos podem ser vistas no meu Flickr sobre a viagem, link abaixo.
https://www.flickr.com/photos/59487922@N00/sets/72157648874345627/
quarta-feira, novembro 19, 2014
Teorema Zero
Filmes de ficção costumam ser previsíveis em vários momentos... seja através dos efeitos, da história fácil de saber o final, ou de personagens muito estereotipados.
Terry Gilliam é um diretor famoso em Hollywood por fazer filmes inteligentes e muitas vezes difíceis, como Doze Macacos.
Mas aqui o foco é outro. Apesar de surreal, o filme trata o futuro como um misto religioso/tecnológico conectado, onde todos (mesmo em uma festa) estão com tablets na mão e fone de ouvidos. Já no início voce é bombardeado por telões vendendo religiões, inclusive uma sobre o Batman.
No filme (spoiler...) Christoph Waltz (de Django livre) dá vida a Qohen Leth, um operário/programador da Mancom, empresa que diz "dar sentido as coisas boas da vida", que a única coisa que quer da vida é poder trabalhar em casa e não ter de interagir com as outras pessoas, de certa maneira um estereótipo da vida moderna e dos programadores de computador dentro de seu casulo.
Ele vive o tempo todo a espera do "chamado" telefônico, onde lhe dirão qual o sentido da vida. E como esse chamado será em sua casa, tem de estar lá sempre... a casa é uma antiga construção religiosa caindo aos pedaços.
O "gerente" da Mancon sabendo da sua vontade de ficar em casa, lhe incumbe de descubrir o tal "teorema zero" programando infinitamente e subindo os arquivos a cada 60 minutos, o que aos poucos vai lhe deixando totalmente paranoico quando aos horários.. ao ponto de martelar a sua tela em um momento de fúria.
A partir dai, o filho do dono lhe é enviado para ajudar na programação (e conserto do que foi quebrado) e também a "ajuda" vem através da personagem Bainsley, misto de fruto proibido (diz não gostar de sexo, apesar de ser sexy ao extremo) e maniac sex girl (pois aparece em sites exibindo-se) para dar o contra ponto romântico ao personagem.
Um mundo não tão distante de hoje (basta pegar um Metro e ver todos no celular com fones de ouvido, sem interagirem uns com os outros) em que a comunicação eletrônica tomou conta da interação pessoal, tudo muito lúdico, onde inclusive Qohen diz não se lembrar mais quando se sentiu feliz. Um mundo de controlado por cameras GoPro, inclusive com uma bela sacada do diretor, ao monitorar Qohen, a empresa coloca uma GoPro no lugar da cabeça de um Cristo crucificado, mais referencia ao Cristianismo impossível. As religiões se confundem com as Mega Corporações.
O idéal de felicidade com a "salvação" é que movem Qohen, em um filme cheio de simbologias, inclusive quanto ele trata a si mesmo como Nós (dizendo ao fundo que ele representa a todos nós) , e para quem gosta de surrealismos, cores berrantes e personagens bizarros(como eu gosto) , estará em casa com certeza.
Impossível não ligar o filme a referencias como Blade Runner, 1984 entre outros, é inevitável.
O final é meio confuso, mas deixa claro o Teorema zero e sua didática. Cheio de cenas belas, mesmo virtuais, em que a imaginação vai longe. Um filme de ficção um pouco diferente dos atuais, mas super atual.
Trailer.
Terry Gilliam é um diretor famoso em Hollywood por fazer filmes inteligentes e muitas vezes difíceis, como Doze Macacos.
Mas aqui o foco é outro. Apesar de surreal, o filme trata o futuro como um misto religioso/tecnológico conectado, onde todos (mesmo em uma festa) estão com tablets na mão e fone de ouvidos. Já no início voce é bombardeado por telões vendendo religiões, inclusive uma sobre o Batman.
No filme (spoiler...) Christoph Waltz (de Django livre) dá vida a Qohen Leth, um operário/programador da Mancom, empresa que diz "dar sentido as coisas boas da vida", que a única coisa que quer da vida é poder trabalhar em casa e não ter de interagir com as outras pessoas, de certa maneira um estereótipo da vida moderna e dos programadores de computador dentro de seu casulo.
Ele vive o tempo todo a espera do "chamado" telefônico, onde lhe dirão qual o sentido da vida. E como esse chamado será em sua casa, tem de estar lá sempre... a casa é uma antiga construção religiosa caindo aos pedaços.
O "gerente" da Mancon sabendo da sua vontade de ficar em casa, lhe incumbe de descubrir o tal "teorema zero" programando infinitamente e subindo os arquivos a cada 60 minutos, o que aos poucos vai lhe deixando totalmente paranoico quando aos horários.. ao ponto de martelar a sua tela em um momento de fúria.
A partir dai, o filho do dono lhe é enviado para ajudar na programação (e conserto do que foi quebrado) e também a "ajuda" vem através da personagem Bainsley, misto de fruto proibido (diz não gostar de sexo, apesar de ser sexy ao extremo) e maniac sex girl (pois aparece em sites exibindo-se) para dar o contra ponto romântico ao personagem.
Um mundo não tão distante de hoje (basta pegar um Metro e ver todos no celular com fones de ouvido, sem interagirem uns com os outros) em que a comunicação eletrônica tomou conta da interação pessoal, tudo muito lúdico, onde inclusive Qohen diz não se lembrar mais quando se sentiu feliz. Um mundo de controlado por cameras GoPro, inclusive com uma bela sacada do diretor, ao monitorar Qohen, a empresa coloca uma GoPro no lugar da cabeça de um Cristo crucificado, mais referencia ao Cristianismo impossível. As religiões se confundem com as Mega Corporações.
O idéal de felicidade com a "salvação" é que movem Qohen, em um filme cheio de simbologias, inclusive quanto ele trata a si mesmo como Nós (dizendo ao fundo que ele representa a todos nós) , e para quem gosta de surrealismos, cores berrantes e personagens bizarros(como eu gosto) , estará em casa com certeza.
Impossível não ligar o filme a referencias como Blade Runner, 1984 entre outros, é inevitável.
O final é meio confuso, mas deixa claro o Teorema zero e sua didática. Cheio de cenas belas, mesmo virtuais, em que a imaginação vai longe. Um filme de ficção um pouco diferente dos atuais, mas super atual.
Trailer.
segunda-feira, novembro 17, 2014
Não me abandone jamais
Algumas vezes estar acordado de madrugada (sabendo que vai perder horas de sono do dia seguinte) acaba valendo a pena.
Ontem no misto de insonia com preguiça, fiquei horas vendo filmes em dvd, torrent, etc... mas somente no começo da madrugada já com vontade de dormir, vi um comercial na Globo de "Não me deixe Jamais".
O filme no começo te da uma impressão de "Sociedade dos Poetas Mortos" visto que se passa em uma escola tradicional inglesa, cheia de regras rígidas, professoras que parecem mais generais e por ai vai.
Ledo engano. Com o tempo você começa a perceber que o desenrolar do filme vai ser um misto de tristeza com uma ótima história sobe a permanência da vida, ou melhor, sua brevidade. Vendo depois na internet, vi que o filme é baseado no livro de Kazuo Ishiguro, "Never let me go".
No filme (apesar de ser de 2010 se você não assistiu como eu, é spoiler...) estamos no início da década de 50, e finalmente conseguiram desenvolver a cura para todas as doenças. Informações que já aparecem logo no letreiro de entrada. Com essa premissa se tem a impressão de que veremos um belíssimo filme. Sim será belíssimo, mas por outros motivos.
O filme basicamente é sobre três crianças/adolescentes/adultos que vivem um triangulo amoroso. Porém a narrativa mostra que os caminhos que terão de seguir, serão mais trágicos do que de um romance convencional.
No internato, na verdade eles vão descobrindo que são "clones" de outras pessoas, criadas e educadas apenas para doar seus órgãos quando chegam a fase adulta da vida. E não tem nada o que podem fazer para sair desse fim trágico.
Um filme de ficção cientifica, mas sem todos os aparatos Hollywoodianos que estamos acostumados, um filme típico Europeu, com narrativa lenta, explicações para todas as ações e um amor que muitas vezes não é, ou pode, ser correspondido.
Na trama, após descobrirmos que as crianças estão la para este fim, há um corte para o futuro com eles já adolescentes, tendo de sair do internato e viver o que lhes resta na vida em uma vila com diversos outros adolescentes na mesma situação. Mas desde a infância, a história de três personagens se cruzam, Kathy, Tommy e Ruth , que sempre pensam naquilo que acontecerá com todos nós, o fim, entretanto o deles bem antes do que se espera da vida.
No filme existem algumas passagens (que muito me interessaram) sobre a importância da arte, colocada como uma maneira de "sentirmos" se existe a alma ou não nas pessoas, muitas vezes desestimulados a tentar.
A sensação de perda pelos personagens é inevitável. A única esperança é a possibilidade do amor verdadeiro salvá-los por um tempo, uma história que ouviram quando adolescentes e que Ruth já muito debilitada pelas doações, tenta em um ato de reconciliação (ela ficara com Tommy apenas para não se sentir só) em uma tentativa de ajudar Tommy e Kathy a ter uma pequena sobrevida.
A angustia dos personagens é visível a cabo que e tempo vai passando e suas perspectivas de vida vão diminuindo.
Um filme ultra sensível, sobre o amor, permanência e a finitude da vida, mesmo para aqueles que ainda são muito jovens para pensar nisso. Muitos vão achar lento e chato... mas garanto que apesar de triste, um dos mais belos filmes que assisti.
Como diz Kathy já no fim " Talvez nenhum de nós tenha entendido o que vivemos, ou sentido que tinha tempo o suficiente".
Ontem no misto de insonia com preguiça, fiquei horas vendo filmes em dvd, torrent, etc... mas somente no começo da madrugada já com vontade de dormir, vi um comercial na Globo de "Não me deixe Jamais".
O filme no começo te da uma impressão de "Sociedade dos Poetas Mortos" visto que se passa em uma escola tradicional inglesa, cheia de regras rígidas, professoras que parecem mais generais e por ai vai.
Ledo engano. Com o tempo você começa a perceber que o desenrolar do filme vai ser um misto de tristeza com uma ótima história sobe a permanência da vida, ou melhor, sua brevidade. Vendo depois na internet, vi que o filme é baseado no livro de Kazuo Ishiguro, "Never let me go".
No filme (apesar de ser de 2010 se você não assistiu como eu, é spoiler...) estamos no início da década de 50, e finalmente conseguiram desenvolver a cura para todas as doenças. Informações que já aparecem logo no letreiro de entrada. Com essa premissa se tem a impressão de que veremos um belíssimo filme. Sim será belíssimo, mas por outros motivos.
O filme basicamente é sobre três crianças/adolescentes/adultos que vivem um triangulo amoroso. Porém a narrativa mostra que os caminhos que terão de seguir, serão mais trágicos do que de um romance convencional.
No internato, na verdade eles vão descobrindo que são "clones" de outras pessoas, criadas e educadas apenas para doar seus órgãos quando chegam a fase adulta da vida. E não tem nada o que podem fazer para sair desse fim trágico.
Um filme de ficção cientifica, mas sem todos os aparatos Hollywoodianos que estamos acostumados, um filme típico Europeu, com narrativa lenta, explicações para todas as ações e um amor que muitas vezes não é, ou pode, ser correspondido.
Na trama, após descobrirmos que as crianças estão la para este fim, há um corte para o futuro com eles já adolescentes, tendo de sair do internato e viver o que lhes resta na vida em uma vila com diversos outros adolescentes na mesma situação. Mas desde a infância, a história de três personagens se cruzam, Kathy, Tommy e Ruth , que sempre pensam naquilo que acontecerá com todos nós, o fim, entretanto o deles bem antes do que se espera da vida.
No filme existem algumas passagens (que muito me interessaram) sobre a importância da arte, colocada como uma maneira de "sentirmos" se existe a alma ou não nas pessoas, muitas vezes desestimulados a tentar.
A sensação de perda pelos personagens é inevitável. A única esperança é a possibilidade do amor verdadeiro salvá-los por um tempo, uma história que ouviram quando adolescentes e que Ruth já muito debilitada pelas doações, tenta em um ato de reconciliação (ela ficara com Tommy apenas para não se sentir só) em uma tentativa de ajudar Tommy e Kathy a ter uma pequena sobrevida.
A angustia dos personagens é visível a cabo que e tempo vai passando e suas perspectivas de vida vão diminuindo.
Um filme ultra sensível, sobre o amor, permanência e a finitude da vida, mesmo para aqueles que ainda são muito jovens para pensar nisso. Muitos vão achar lento e chato... mas garanto que apesar de triste, um dos mais belos filmes que assisti.
Como diz Kathy já no fim " Talvez nenhum de nós tenha entendido o que vivemos, ou sentido que tinha tempo o suficiente".
sexta-feira, novembro 07, 2014
Salão do Automóvel
A cada 2 anos a cidade de São Paulo abriga o maior evento automobilístico da América Latina, o Salão do Automóvel.
Desde 2010 tenho ido e fotografado sempre as novidades, e apesar das marcas superesportivas não darem o ar da graça desde 2012 (leia-se Lamborghini e Ferrari) o Salão sempre tem vários protótipos, carros que estão sendo lançados e as grandes marcas do mercado.
Aproveitando a vista em 04/11 fiz uma série de fotos que podem ser vistas no link abaixo.
https://www.flickr.com/photos/59487922@N00/sets/72157648761656517/
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