Desde o primeiro Missão Impossível em 1996, Tom Cruise tem se especializado (ainda que tardiamente) em filmes de ação, e nos últimos anos, ação com ficção cientifica.
Quem acompanha meus posts sabe que nunca fui muito fã de suas interpretações, principalmente nos Blockbusters dos anos 80 ...
Mas com o tempo ele foi melhorando... a partir de "A Firma" da primeira metade dos anos 90, ele começou a se esforçar mais na interpretação, não fazendo tantas caras e bocas.
Mas depois de Magnólia ele tem surpreendido...
Em "No Limite do Amanha" (spoiler...) ele interpreta do Major Bill Cage, chamando para filmar a guerra na linha de frente a pedido do General que comanda as tropas unidas contra um cerco alienígena ao planeta, que faz todos estarem em guerra a anos.
Entretanto o Major deixa claro que nunca esteve em batalha, que na verdade nem soldado é, e sim um publicitário alçado a Major durante a guerra pra trabalhar na assessoria de imprensa do Exercito... como a "ordem" do General não pode ser contestada, ele tenta persuadi-lo (na verdade chantageá-lo) dizendo que poderia fazer um papel contrário, ao invés de mostrar o heroísmo dos soldados, mostrar as desgraças e ferrar de vez com o General que manda soldados a morte no front de batalha.
A partir dai a vida do Major se torna um inferno... preso e rebaixado (afinal tentou chantagear um General) a soldado raso, se ve em uma base pronta pra entrar em combate com os alienígenas, mesmo sem ter nenhum treinamento militar e ainda sofrendo o preconceito dos soldados e sargentos, por não ter experiencia de batalha.
Mesmo sem nenhuma experiencia, é colocado em um exo-esqueleto de batalha, onde nem consegue direito destravar as armas... e no meio do combate acaba atingindo um alienígena que deixa escorrer em seu corpo um liquido que faz com que ele ao morrer, reinicie o dia.
A partir dessa premissa, cada dia se torna um novo dia para aprender novas formas de derrotar o inimigo... neste meio termo, ele conhece a sargento Rita, chamada pelos soldados de Full Metal Bitch, por ter matado diversos alienígenas em combate...e também descobre que ela por um tempo teve este mesmo poder de reiniciar o dia, e que poderia ajudar a ganhar a guerra matando exatamente o Omega, alienígena escondido na Terra, que tem o poder de reiniciar e prever o futuro das tropas, dai as derrotas seguidas.
A história vai ficando mais complexa, pois com o dia reiniciando sempre, Bill Cage vai ao mesmo tempo diminuindo sua humanidade, se preocupando mais com sua missão do que salvar outros soldados que vê morrer todo dia, e ao mesmo tempo que vai se apaixonando por Rita, pois pra ele o convívio com ela se torna diário, apesar dela morrer e vê-lo como "novo" cada dia.
Impossível não traça comparações com diversos outros filmes e com fatos históricos revividos no filme ... os aliens tem um parentesco grande com as sentinelas de Matrix, a invasão do exercito no último front de batalha é na Normandia (só ver sobre o dia D da segunda Guerra Mundial) , o desembarque ser muito parecido com o do "Resgate do Soldado Ryan", Distrito 9 (espectador como personagem) e até o reiniciar do dia muito parecido com o bom "Contra o Tempo" .
A linha de tiro com referencias a Tropas Estelares e soldados mortos com vídeo game (muito comum nos últimos filmes de guerra) tem como claro a linha do filme, de mostrar os horrores da Guerra e sua solução crítica nos dias atuais, onde soldados mais parecem personagens de game.
Um filme inteligente, as referencias algumas vezes não são tão claras, mas mesmo sendo um Blockbuster (acho que um pouco atrapalhado pela Copa pois saiu no Brasil no final de maio) tem o seu valor, e Cruise mostra novamente que está na crista da onda como ator de filmes de ficção/ação.
A ver. Trailer.
segunda-feira, outubro 27, 2014
terça-feira, outubro 21, 2014
Trash - A esperança que vem do lixo
Antes de assistir a Trash, fui ao cinema com aquela sensação de que veria mais um Pixote - A Lei do mais fraco, graças ao trailer que dá uma enfase enorme a algumas cenas do filme , onde os menores interagem entre si, cenas essas muito parecidas com Pixote (de Hector Babenco em 1980).
Mas não é por ai... o filme é sobre esperança.
Gardo, Rato e Rafael, tres 'muleques' que vivem do lixão no Rio de Janeiro que a tv não mostra, acham por acaso uma carteira, e la dentro uns 300 reais e uma chave...
Em cenas de flashback, mostram a importância desta carteira, que pode mostrar toda a sujeira de um deputado, que quer esconder a todo custo suas falcatruas.
O filme que no começo da a impressão de ser estrangeiro ( e na verdade toda a produção é), mas ficou muito com cara de filme brasileiro, graça ao talento dos atores mirins, a participação de Wagner Moura entre outros diversos atores brasileiros, entre eles Selton Melo que a muito não mostrava a cara na tela como ator (Diretor de diversos filmes nos últimos anos).
Um filme com um pouco de aventura, mas a corrupção policial, politicos enfadonhos, um Rio paupérrimo, faz com que em certos momentos o filme fique com cara das diversas produções atuais (como Alemão) mas no fundo a (pouca) esperança que eles conseguem ter, é o que carrega o filme, que por horas é pesado e em alguns momentos até engraçado.
Um adendo a participação de dois gigantes de Hollywood... Martin Sheen como padre que ajuda os garotos e a militante estrangeira que ajuda o padre vivida pela ótima Rooney Mara ( que ja atuou com louvor em grandes filmes como Millenium (The Girl with the Dragon Tattoo) e ótimo Terapia de Risco que já escrevi aqui sobre no começo do ano).
O melhor do filme é ver eles tentarem traduzir as gírias brasileiras pra estrangeiro ver... mas não se engane, não é um filme leve... tortura aos montes aparecem por la e principalmente a violência policial capitaneada pelo poder politico.
No final se torna um filme panfletário contra os mandos e desmandos da politica e policiais... tentando instigar o povo a ir a luta... mas com pouco efeito pratico, e ao mesmo tempo desvirtuando da ideia original .
Mas um filme bem acima da média dos outros nessa linha lançados no decorrer do ano. A ver.
Trailer
Mas não é por ai... o filme é sobre esperança.
Gardo, Rato e Rafael, tres 'muleques' que vivem do lixão no Rio de Janeiro que a tv não mostra, acham por acaso uma carteira, e la dentro uns 300 reais e uma chave...
Em cenas de flashback, mostram a importância desta carteira, que pode mostrar toda a sujeira de um deputado, que quer esconder a todo custo suas falcatruas.
O filme que no começo da a impressão de ser estrangeiro ( e na verdade toda a produção é), mas ficou muito com cara de filme brasileiro, graça ao talento dos atores mirins, a participação de Wagner Moura entre outros diversos atores brasileiros, entre eles Selton Melo que a muito não mostrava a cara na tela como ator (Diretor de diversos filmes nos últimos anos).
Um filme com um pouco de aventura, mas a corrupção policial, politicos enfadonhos, um Rio paupérrimo, faz com que em certos momentos o filme fique com cara das diversas produções atuais (como Alemão) mas no fundo a (pouca) esperança que eles conseguem ter, é o que carrega o filme, que por horas é pesado e em alguns momentos até engraçado.
Um adendo a participação de dois gigantes de Hollywood... Martin Sheen como padre que ajuda os garotos e a militante estrangeira que ajuda o padre vivida pela ótima Rooney Mara ( que ja atuou com louvor em grandes filmes como Millenium (The Girl with the Dragon Tattoo) e ótimo Terapia de Risco que já escrevi aqui sobre no começo do ano).
O melhor do filme é ver eles tentarem traduzir as gírias brasileiras pra estrangeiro ver... mas não se engane, não é um filme leve... tortura aos montes aparecem por la e principalmente a violência policial capitaneada pelo poder politico.
No final se torna um filme panfletário contra os mandos e desmandos da politica e policiais... tentando instigar o povo a ir a luta... mas com pouco efeito pratico, e ao mesmo tempo desvirtuando da ideia original .
Mas um filme bem acima da média dos outros nessa linha lançados no decorrer do ano. A ver.
Trailer
quinta-feira, outubro 09, 2014
Sin City - A Dama Fatal
Filmes baseados em quadrinhos estão com tudo no momento, basta ver Homem de Ferro, Vingadores, Quarteto Fantástico, etc... mas com Sin City é um pouco diferente.
A demora entre o primeiro (de 2005) e este, fez dar uma esfriada nos fãs mais ardorosos. Entre os diversos percalços da versão 2014, no final conseguiram um resultado muito parecido ao do primeiro.
Tudo está no seu lugar, apesar de não se apegar a nenhuma cronologia, pois o Marv (personagem do Mickey Rourke) aparece como se nada tivesse acontecido, entre outros "pequenos deslizes" mas como já disse em um post anterior, se você se propôs a ir ao cinema para ver um filme baseado em histórias em quadrinho da Marvel, tem de estar aberto a qualquer surpresa.
A Sin City que nunca dorme está la, com suas mulheres fatais, alguns personagens novos, cenas de luta dignas de Frank Miller, e principalmente o universo da cidade perdida ficou intacto.
Entretanto, a trama segue por outro caminho, as histórias continuam interligadas, mas aqui a trama anda mais para o lado do Dwight (aqui personificado por Josh Brolin e não por Clyve Owen como no primeiro) que faz um investigador/detetive que não consegue esquecer a linda e fatal ex-mulher, muito sensualmente interpretada por Eva Green.
A partir dai a trama e novos personagem pipocam na tela, enquanto se entrelaçam com personagens do Sin City original, como a ótima Nancy (Jessica Alba muito bem no personagem) e seu protetor no primeiro aqui como espirito (um Bruce Willis habitual ), e dando mais enfase ao Senador Roark, em busca de vingança pela morte de seu filho (no primeiro filme).
A luta entre Marv e Mamute é ótima.
Sem grandes novidades, conseguiram fazer um filme competente, por muitas vezes inteligente e com tiradas de humor de primeira, mas sem fugir muito do caminho traçado pelo original.
Eu assisti em 3D e sai com a sensação de que só gastei dinheiro, pois mesmo com as cores saltando na tela, não senti muita diferença.
O fundo noir é repetida aqui, com personagens menos bizarros e mais engraçados.
Um filme bom, que empolga em alguns momentos, mas que vai agradar muito os fãs da Marvel.
A demora entre o primeiro (de 2005) e este, fez dar uma esfriada nos fãs mais ardorosos. Entre os diversos percalços da versão 2014, no final conseguiram um resultado muito parecido ao do primeiro.
Tudo está no seu lugar, apesar de não se apegar a nenhuma cronologia, pois o Marv (personagem do Mickey Rourke) aparece como se nada tivesse acontecido, entre outros "pequenos deslizes" mas como já disse em um post anterior, se você se propôs a ir ao cinema para ver um filme baseado em histórias em quadrinho da Marvel, tem de estar aberto a qualquer surpresa.
A Sin City que nunca dorme está la, com suas mulheres fatais, alguns personagens novos, cenas de luta dignas de Frank Miller, e principalmente o universo da cidade perdida ficou intacto.
Entretanto, a trama segue por outro caminho, as histórias continuam interligadas, mas aqui a trama anda mais para o lado do Dwight (aqui personificado por Josh Brolin e não por Clyve Owen como no primeiro) que faz um investigador/detetive que não consegue esquecer a linda e fatal ex-mulher, muito sensualmente interpretada por Eva Green.
A partir dai a trama e novos personagem pipocam na tela, enquanto se entrelaçam com personagens do Sin City original, como a ótima Nancy (Jessica Alba muito bem no personagem) e seu protetor no primeiro aqui como espirito (um Bruce Willis habitual ), e dando mais enfase ao Senador Roark, em busca de vingança pela morte de seu filho (no primeiro filme).
A luta entre Marv e Mamute é ótima.
Sem grandes novidades, conseguiram fazer um filme competente, por muitas vezes inteligente e com tiradas de humor de primeira, mas sem fugir muito do caminho traçado pelo original.
Eu assisti em 3D e sai com a sensação de que só gastei dinheiro, pois mesmo com as cores saltando na tela, não senti muita diferença.
O fundo noir é repetida aqui, com personagens menos bizarros e mais engraçados.
Um filme bom, que empolga em alguns momentos, mas que vai agradar muito os fãs da Marvel.
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