quarta-feira, junho 25, 2014

Transcendence

A duas maneiras de se fazer filmes de ficção cientifica, utilizando efeitos ou idéias.

Nos últimos tempos, tenho visto muitos que se baseiam apenas nos efeitos especiais, graças ao salto de qualidade que os computadores tiveram nos últimos 10 anos. 

Em Transcendence, a ideia de unir filosofia, tecnologia e inteligencia artificial é muito boa, com uma conclusão razoável. 

No filme (spoiler...) Johnny Depp é Will Caster, cientista famoso e cultuado pelos seus, que está prestes  a desenvolver uma IA funcional, entretanto ele e sua equipe se vê em um impasse quanto a "real" consciência da máquina. 

A partir desta premissa, aparecerão radicais contra uso de tecnologia a serviço dos criadores de novos "deuses", e passam a sabotar os experimentos dos laboratórios, e também atingem o Will Caster com uma bala que contem um veneno radioativo que vai lhe matar em poucas semanas. 

Dai a conceitos filosóficos quanto a transferência da consciência humana para uma máquina (que tornaria a vida do humano transferido infinita) é um pulo, ao mesmo tempo que tentam explicar rapidamente conceitos como Nanotecnologia, e previsões de um futuro noturno para a humanidade, apesar de que em diversos momentos o roteiro não deixar muito claro de que lado está. 

Tudo para ser um grande filme de Syfy mas que se perde do meio pra frente, na tentativa incessante de explicar conceitos tecnológicos x filosofia, e claramente conceitos religiosos (fica nítida a semelhança com grupos radicais religiosos as ações dos ativistas). Transcender o poder do cérebro é a ideia principal, ter a possibilidade de acesso a toda a internet, cruzando banco de dados diversos é um sonho. 

Acho que perdeu-se aqui uma grande possibilidade de um filme de ficção cientifica de qualidade e com conceitos científicos x tecnológicos e até filosóficos entendíveis ao grande público, que vai se sentir um pouco perdido no filme, pois pra quem é fora da área tecnológica, Nanotecnologia não é dos assuntos mais populares, transformando o filme mais em um terror tecnológico do que um bom  filme tecnológico inteligente em meio ao circo dos efeitos especiais que está se tornando o cinema. 

Nem a participação de grandes atores salva o final melancólico, a história de amor infinita entre o personagem de Depp e Rebecca Hall se torna mais uma obsessão do que amor.  Um Morgan Freeman secundário dá o tom do filme. 

Um filme mediano, mas se pegarmos a média dos filmes de ficção cientifica que tentam passar alguma mensagem, podemos dizer que está acima de vários. 


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terça-feira, junho 24, 2014

Copa

Nessa do "vai ter copa" ou "não vai ter copa"... depois de 7 anos construindo Estádios, claro que vai ter Copa. 

Claro que nada foi como esperado... mas acho que muitos não moram no Brasil ao achar que aconteceria o contrário. Vamos ver nas urnas daqui a dois meses... 

Apesar da vontade que todos temos de reclamar de vários problemas no governo (não só da Dilma , só pra lembrar) há uma multidão esperando por esta Copa, pelos seus resultados e por um Brasil Campeão, onde ele ainda é excelência. 

Como Neymar ainda é promessa, vou colocar aqui um vídeo de homenagem da Nike ao Ronaldo Fenômeno, que dentro de campo era simplesmente genial . Um dos últimos a realmente honrar a camisa amarela. 





quinta-feira, junho 05, 2014

Solitary man

Adoro filmes na madrugada, acho que os caras que montam as programações das tvs devem achar que ninguém vai assistir e ai colocam filmes realmente legais em horários alternativos. 

Uma mega falta de sono graças a uma tarde cheia de energéticos, fez com que as 2h30 da manha do domingo  para a segunda, eu estivesse lá vendo tv como se fosse meio dia... 

Entre um zap e outro entre canais, passei pela Globo e estava começando "O Solteirão", filme com Michael Douglas que nunca tinha ouvido falar. 

Acho o Michael Douglas entra em projetos alternativos muito bons, e o filme no fundo parece um pouco com a vida dele mesmo (ou do Charles Sheen ...).

Um filme inteligente, e ao mesmo tempo profundo sobre a vida que escolhemos para nós, as escolhas erradas que acarretam em momentos de pura idiotice. Acho que a tradução para o Solteirão não foi correta (quem faz as traduções de filmes no Brasil parece sempre estar longe da realidade), pois O Solitário, como deveria ser a tradução literal, está corretíssima para  o filme. 

No filme (spoiler...) Ben Kalmen (Michael Douglas) é um milionário, dono de redes de automóveis e tem uma vida ótima, até visitar um médico , que lhe dá uma péssima noticia: problemas no coração.

A partir dai o filme dá um salto de anos, e vemos o personagem em já em um histórico de autodestruição, levado principalmente pela possibilidade de morrer, ele perde as agencias de carros, está falido, separado da mulher e filha, mulherengo incorrigível correndo atrás de meninas muito mais jovens que ele na tentativa desesperada de uma sobrevida, de uma juventude já perdida.

A descida ao fundo do poço fica clara quando ao ser enviado como acompanhante da filha da namorada, (namorada esta que está tentando ajudá-lo a se reerguer, e que ele namora exatamente pelos ótimos contatos que o pai dela tem), acaba se envolvendo com a menina, que tinha acabado de entrar na mesma faculdade que ele frequentou, desencadeando a descida final em sua vida amorosa e finanças, pois os contatos dela se viram contra ele, destruindo ainda mais a possibilidade de voltar ao topo. 

Douglas parece tranquilo no papel, não sei por se parecer um pouco com ele mesmo, ou por desinteresse, mas ao mesmo tempo o seu desdem pela vida faz com que o trama aumente ainda mais a sua angustia. 

Somente um dono de lanchonete perto da faculdade, personagem vivido pelo ótimo Danny DeVito, dá um certo tom cômico ao filme, ao mesmo tempo que se mostra um dos poucos últimos amigos de Ben, seu grande coração na tentativa de ajudar o "amigo" mostra quase que uma certa dó daquele que já esteve no topo( em uma frase ele mostra isso quando fala que guarda a Forbes de Ben como se fosse ele na capa) e agora está pra la do fundo. 

A cena no banco frente da faculdade, onde havia conhecido anos antes a ex mulher (Susan Sarandon sempre ótima) deixa bem claro o estrago que cada um pode fazer em sua própria vida. 

Um filme com uma temática crítica, sobre levar a vida de maneira frenética e desfuncional, mas que ao mesmo tempo se parece muito com os tempos atuais.

Belo filme a ver. 

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quarta-feira, junho 04, 2014

Capitão América - Soldado Invernal

Demorou mas assisti o novo Capitão América - O Soldado invernal, pois toda semana acontecia alguma coisa e acabava postergando , postergando... ou seja quase perdi no cinema, mas no final graças a ótima bilheteria que ele teve, os cinemas mantiveram o filme em cartaz por semanas.

Bom, primeira coisa se espera ver um filme de "arte" ou que não tenha efeitos especiais , este não é seu filme e pode parar de ler por aqui. 

O filme é a continuação do Capitão América - O Primeiro Vingador de 2011, que na verdade era o filme que faltava para apresentar ao público o primeiro dos "Vingadores", já que a história dele começa lá na segunda Guerra Mundial. 

Mas neste, não havia a necessidade de apresentar os personagens, pois parte da premissa que as pessoas assistiram o primeiro e também viram Os Vingadores. 

E também a parte da propaganda dos EUA aqui se repete em parte... já que o primeiro é claramente (graças ao personagem com uma roupa da bandeira) uma ode aos Estados Unidos. E como ele já está no século XXI (o primeiro é totalmente centrado na segunda Guerra, exceto o finalzinho que muita gente nem viu no cinema pois sai antes de acabar as "legendas" de todos que fizeram o filme, coisa não muito inteligente quando se trata de Marvel, pois sempre tem uma entrada para outro filme) o personagem , digamos se adaptou ao presente.

No filme (spoiler...) depois dos acontecimentos de "Os Vingadores" , o Capitão trabalha para o Exercito dos EUA e a Shield, mas tentando se adaptar ao presente, vendo partes da cultura que não viu enquanto estava congelado, e anota em seu caderninho para ver depois. 

Mas o filme tem (claro) muita ação, uma trama bem elaborada a partir da infiltração na Shield de membros da Hydra, ele se vê praticamente sozinho, tendo como ajuda apenas um ex-soldado o Falcão, a Viuva Negra e um Nick Fury bem baleado. 

Cenas de ação em estado máximo, ótimas e com computação gráfica de primeira. 

A atualização histórica é clara , quando se trata de espionagem dentro do próprio EUA, visto as várias acusações que eles receberam nos últimos anos, de espionar pessoas, países e seus chefes de Estado. A politica contra o terror, desculpas para atualizações militares, ou seja tudo bem atualizado.

Entretanto tem um humor ótimo em diversas cenas, pois é um filme da Marvel, então também tem de atingir todos os públicos, de crianças a adultos. 

Um filme mais para adultos que crianças (como quase tudo da Marvel) mas com diversão garantida. 

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Top Gun : Maverick

  Se você cresceu entre a década de 1980 e 1990, é impossível que não tenha visto ao menos uma vez aquele filme que traz , além de uma mega ...