terça-feira, março 11, 2014

300 - Rise of an Empire

Se levarmos em consideração o trailer e a expectativa criada pela imprensa, o Rodrigo Santoro finalmente conseguiu seu green card nos EUA. 

Explico: A maioria dos atores que vem de países de línguas não inglesas, geralmente fazem latinos, terroristas, etc... no cinema norte americano, nunca ganhando um papel de destaque em filmes. Alguns mesmo depois de destaque ainda ficam como Latin lover, como Javier Bardem e Antonio Banderas.

No primeiro filme (300 de 2006) Xerxes aparece pouco, mas foi o bastante para que ele Rodrigo Santoro, conseguisse alguns bons papeis nos EUA nos anos seguintes, mas agora como um dos protagonistas de "300 - A Ascensão do Império" parece que ele conseguiu subir um pouco mais nesse patamar. 

Apesar de alguns críticos falarem mal do filme, (provavelmente os mesmos que falaram dos primeiro, por causa da testosterona exagerada, falas exageradas, tudo exagerado) com certeza se você gostou do primeiro, vai se identificar com o segundo filme. 

A mesma estética do 300 está la, a câmera nervosa, os planos fechados, os efeitos especiais de primeira (atenção nesse quesito), apesar que o ar "macho alfa" se perde um pouco nos diálogos, onde a conversa e discussão são bem mais comuns do que palavras de ordem e chamadas para a guerra.

No filme, 300 - A Ascensão do Império (spolier... ) o general Temístocles, ateniense, tenta uma aliança com os espartanos para unir a Grécia contra os persas. O filme se passa em dois períodos, antes dos 300 de Esparta irem para as Termóplias e depois que eles são derrotados (traídos) nas mesmas Termópilas. 

Na primeira parte, Temístocles vira uma lenda entre os atenienses ao liderar seu exercito contra os persas liderados pelo imperador Dario, que ele  acaba matando com uma flecha, no decorrer da luta. E durante esta luta você entenderá o ódio de Xerxes , filho de Dario, pelos gregos. 

Algumas coisas atrapalham o filme, como os discursos infinitos pré batalha, que os atenienses fazem toda hora e acaba comendo um tempo absurdo do filme. 

Lembrando que aqui a ótica do filme é vista pela visão principalmente dos atenienses, que vão a guerra pelo mar contra as tropas persas, tendo apenas pequenos momentos com os espartanos do primeiro filme. 

Apesar do empenho dos atores, muito do charme do primeiro filme estava na interpretação de Gerard Butler como Leonidas, que neste filme aparece em apenas pequenos flashes. 

Uma adendo a figura de Santoro neste filme: Ele fala quase que exclusivamente com Artemísia, sua almirante, que de certa forma lhe ajudou a se tornar um Deus - Rei. Depois de todos os trailer esperava uma participação bem maior dele, mas não decepciona todas as vezes que é requisitado.

A motivação de cada personagem é contada com detalhes, que faz o filme um pouco lento em comparação com o primeiro.

Bom, quanto as lutas o sangue jorra como no primeiro, em cenas muitas vezes mais interessantes que a do original (lembrando: aqui são os atenienses e não os espartanos lutando, que faz com que as lutas figuem mais coreografadas individualmente e menos coletivamente como com os espartanos), os efeitos são de primeira linha e as lutas no mar ótimas. 

Sendo uma continuação, acho que o resultado final foi melhor do que o esperado, visto que a história das Termópilas são bem mais conhecidas (do primeiro filme), o diretor se esforçou para conseguir uma história razoável nesta continuação. Pela pouca participação por terra do exército de Xerxes, me ficou a impressão que um terceiro filme não está descartado. E que Santoro ainda vestirá os mantos do Deus-Rei Xerxes mais uma vez provavelmente.

Um filme não brilhante, mas a ver.

Trailer.







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