quarta-feira, agosto 04, 2010

Matarazzo

Este ano tirei para ler biografias. Geralmente mesclo as coisas que leio durante o ano, entre literatura, livros de ficção, revistas (assino Exame, SuperInteressante e Hardcore ainda compro a Trip e MensHealht).

Ja tinha lido a Biografia (claro que não autorizada) do Steve Jobs da Apple e agora estou no meio do segundo volume do livro do Ronaldo Costa Couto sobre o Matarazzo.
São dois volumos, o primeiro 'Travessia' conta a vida em Castellabate, a chegada ao Brasil, a vida de comerciante em Sorocaba até o início da industrialização já em São Paulo , chegando ao seu poderio no início do século XX.

Ja o segundo destrincha os problemas na sucessão, a administração do Império das IRFM no volume intitulado 'Colosso Brasileiro'.

Lendo a história dos Matarazzo é fácil saber por que diversas fortunas familiares do inicio do século passado foram para o ralo... literalmente.

Uma das frase mais famosas sobre pais que começaram do nada e ficaram ricos, porém esqueceram de passar esse empreendedorismo aos filhos... Pais Ricos, Filhos Nobre e Netos Pobres...

Claro que estão longe de serem pobres os Matarazzo. Mas perto da fortuna deixada pelo Conde Francesco Matarazzo em 1937 quando da sua morte, ao que a familia tem hoje, é uma pequena fração do que já foi chamado de 'O maior império industrial da America Latina.

A escrita leve e solta do Ronaldo Costa Coutro é um dos pontos fortes do livro, baseado em diversas entrevistas com os membros da familia Matarazzo, historiadores e dados fornecidos pela familia, ele reconstrói a vida desse que foi o maior empresário brasileiro do início do século, com poder inigualável até hoje.

O interessante de ver é que diversas familias de empreendedores citados no começo do século XX não chegaram ao XXI com nem meras frações das fortunas criadas pelos seus avos. Hoje as empresas com administração profissional vão muito mais longe, sem os problemas de sucessões familiares desastrosas como dos Matarazzo.

Mas o interessante do livro é ver uma figura que chegou ao Brasil com algum dinheiro, que poderia simplesmente abrir uma loja em Sorocaba e viver lá o resto da vida... seguiu seu propósito de criar industrias em um Brasil caminhando para saída do monopólio cafeicultor.

Lembro da época do lançamento desse livro com uma enorme matéria na revista Exame em 2004, que na época não assinava mas comprei e guardei comigo até pouco tempo atrás(http://portalexame.abril.com.br/revista/exame/sumario0829.html).

Vale a dica e a leitura.

2 comentários:

disse...

Aproveita e se você ainda não leu, lê o Chatô do Fernando Morais. Tem umas histórias legais com os Matarazzos.

Jose Luiz Pedro disse...

t ana lista.. Chato e Maua...

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