Lembro de baixar o programa de madrugada , pois a conexão era mais estável e as cia telefônicas cobravam apenas o primeiro pulso a partir da meia noite (é não tinha banda larga, 3G,etc.... era no modem de linha discada mesmo), mas como o programa não era muito pesado, deu pra pegar normalmente.
Era uma revolução... pra quem estava acostumado com os arquivos em WAV dos cds que tinham 40... 50 megas cada, pelo Napster você podia baixar quantas musicas quisesse em MP3 (arquivos de 2..3 megas) que era a novidade da época.
Claro que as grandes gravadoras americanas não gostaram nada da brincadeira, afinal os diversos álbuns de seus músicos, que eram controlados por elas desde a gravação a tiragem, da noite para o dia estavam disponíveis para qualquer um pelo Napster.
Isso gerou reclamações de diversos músicos inclusive, que viam ali um roubo de direito autoral de suas obras.
Ai entra um gigante na história, que não gostou de ver suas músicas no Napster.... O Metallica. A partir dai a história ganha outros contornos...
Choveram processos contra o Napster e seus fundadores, Shaun Fanning e Sean Parker (que depois ficaria famoso pela sua participação no Facebook e Spotify) tomaram diversos processos na cabeça por alguns anos até o Napster fechar. Mas a fagulha já estava dada e diversos outros programas apareceram como Kazaa, Bitlord,etc... onde era fácil baixar álbuns inteiros recém lançados.
O Napster acabou... mas logo um dos mais inteligentes no quesito criar coisas a partir de coisas que já existem entrou em ação... Steve Jobs fez a sua loja para o IPOD... o ITunes, vendendo as músicas e acalmando a industria...
Toda essa história pode ser vista em um documentário ótimo chamado Downloaded, parte disponível no Youtube mas completo no Netflix.
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